(Ver tabela na imagem)

As receitas ordinárias, com 21 827 840 contos, aumentaram 1 931 244, mas o acréscimo nas extraordinárias foi mais reduzido. E neste caso, como se verá adiante, o empréstimo sobrelevou por muito a cifra de 1967. Tem interesse o exame do desenvolvimento das receitas totais, que, partindo da modesta base de 2 540 000 contos em 1938, subiram para 25 768 000,- um índice da ordem dos 1014:

Aqui está um problema para os espíritos estudiosos, qual é o de determinar o que corresponde a inflação, a carga tributária e a empréstimo.

Capitação das receitas A capitação das receitas ordinárias tem subido, e muito. Dobrou desde 1960, atingindo 2 297$ em 1968.

A cifra da população, que se usa no quadro adiante, é a calculada para o meio do ano:

(Ver tabela na imagem)

O aumento nos dois últimos anos foi alto: 184$.

Às cifras são aproximadas, dadas as incertezas no calculo da população, que apenas teria aumentado de 81 000 habitantes. Se a análise for extensiva ao produto nacional, considerando apenas o continente, obtêm-se as ouras seguintes para a capitação:

(Ver tabela na imagem)

O aumento na capitação do produto interno bruto ao custo dos factores, a preços de 1963, tornou-o um pouco superior a 12 300$, o que é muito modesto. O índice da capitação é da ordem dos 1172, e a subida desde 1956, da ordem dos 5000$.

O que deve ser fixado é a lenta evolução do produto. Todos os programas, anseios de renovação, íntimos anelos de expansão, esbarram diante desta lenta subida do elemento fundamental do progresso colectivo.

Origem das receitas Já se informou que o grande aumento nas receitas se deu nas ordinárias (mais 1 931 000 contos). À verba que preencheu alta percentagem das extraordinárias, com acréscimo de 547 000 contos, foi a dos empréstimos.

(Ver tabela na imagem)

O quadro indica forte preponderância das receitas ordinárias. Mas os empréstimos também subiram em relação ao ano anterior. Às proporções de cada uma das parcelas são como segue:

(Ver tabela na imagem)

À percentagem dos empréstimos varia de ano para ano. Foi mais acentuada em 1968. Na prática orçamental corrente é muito importante o desnível entre receitas e despesas ordinárias.