(Ver tabela na imagem)

É notável a ascensão dos rendimentos colectáveis da propriedade urbana, que atingiram 5 589 000 contos em 1968.

Em 1988 a cifra para os rendimentos colectáveis urbanos e rústicos era, respectivamente, de 957 000 e 949 000 contos, cifras quase idênticas. Em 1968 essas cifras foram 5 589 000 e 2 513 000 contos, menos de metade na rústica.

O total dos rendimentos colectáveis ultrapassou os 8 milhões de contos.

Nas outras colunas do quadro dão-se os números para outros impostos. A característica fundamental da vida rural é o grande número de prédios rústicos e o fraco emparcelamento. Havia 10 860 701 prédios em 1968, ainda mais do que em 1967, e pouco mais prédios urbanos:

(Ver tabela na imagem)

É evidente que com tal parcelamento não é fácil, nem talvez possível, cultura remuneradora, em especial nas zonas mais atingidas, que suo as ao norte do Tejo.

A agricultura está sujeita a várias crises, mas numa larga zona do País a da divisão da propriedade é altamente perniciosa.

Há boas intenções, conhecimento das dificuldades. E longas discussões há muitos anos procuram remédios. Mas os progressos são nulos ou quase nulos.

Por estas razões, procura-se abaixo delimitar as grandes zonas de propriedade muito dividida.

Zona a norte do Tejo É tradicional a grande divisão da propriedade rústica na zona a norte do Tejo, e em certos distritos, como os de Viseu, Coimbra e Braga, o número de prédios rústicos ultrapassa o milhão. Mas o que é mais de lamentar é o lento emparcelamento. Nalguns casos há ainda tendência para a divisão.

A seguir publica-se um pequeno quadro que indica o número de prédios por distrito:

(Ver tabela na imagem)

A comparação com 1936 não será correcta. As matrizes sofreram alterações. Mas os números dos últimos anos já se aproximam mais da realidade. Nalguns casos aumentou o número de prédios. Por exemplo, no distrito de Leiria parece haver tendência para parcelamento em grande escala.