Pode dizer-se que desapareceram as receitas da exportação neste capítulo.

Todas as rubricas acusam melhorias, excepto a penúltima, relativa às províncias ultramarinas, com a diminuição de cerca de 46 000 contos. Mas onde se processou mais acentuado aumento, além do imposto de transacções, foi nos impostos do selo e estampilhas. No entanto, e apesar do que se acaba de escrever, ainda são os impostos aduaneiros os que dominam estas receitas, com 49,8 por cento do total.

Em 1938, os impostos aduaneiros formavam 82,5 por cento da receita do capítulo.

A seguir sumariam-se as diversas rubricas dos impostos indirectos:

(Ver tabela na imagem)

Ainda se poderia dizer que os direitos aduaneiros preenchem 50,6 por cento, cerca de metade. A outra parcela é formada pelos impostos do selo, estampilhas e das transacções. Falou-se acima dos impostos directos e suas relações com os indirectos. Convém determinar a evolução de uns e outros durante certo número de anos, a iniciar em 1088:

(Ver tabela na imagem)

A principal alteração produziu-se com a interferência do imposto de transacções. A subida dos impostos indirectos acentuou-se em 1967 e 1968. Embora também se processassem melhorias nos directos, elas estão longe de acompanhar as dos impostos indirectos. Nos últimos três anos deram-se modificações visíveis em cada uma das rubricas que formam os impostos indirectos. Tomando como base o ano de 1957, os índices são os que seguem.

(Ver tabela na imagem)

(c) Base: 1964, data da criação desta rubrica.

Em 1957 não se cobravam impostos de transacções, motivo por que não se inscreve na índice.

Dos outros impostos é notável a evolução dos impostos do selo, estampilhas e salvação nacional, todos com índices superiores a 900.

Os impostos indirectos constituem maneira relativamente fácil de cobrar receitas. Têm larga difusão e alcançam numerosos contribuintes através dos consumos.

Não é um sistema ou processo justo de cobrar receitas. Afectam pesadamente algumas classes menos protegidas.

Comércio externo A esperança de uma firme melhoria na balança comercial, acalentada pelos resultados de 1967, desvaneceu-se em 1968 com o aumento no desequilíbrio negativo para quase 12 milhões de contos.

Este grande déficit continua a ser um dos sintomas mais delicados e perniciosos na economia nacional, um sintoma que drena para fora do País alta percentagem das receitas dos emigrantes, do turismo e outras.

Industrialização racional e coerente tem na diferença entre as importações e exportações campo vasto para exercer influência salutar. Há, nas primeiras, certezas prometedoras de êxito nos fabricos internos.

Os resultados desanimadores de 1968 não se filiam nos valores unitários, porquanto a diferença entre os respeitantes as importações e exportações mostram uma diferença de 1526$, superior à de 1967, que foi de 1264$. Deve procurar-se no aumento de valores e de peso.

A seguir dá-se A súmula do comércio externo nos três últimos anos:

(Ver tabela na imagem)