Na ponderarão das cifras não deixarão de levar-se em conta as variações da moeda. Poderiam dar-se valores ouro, mas o preço do ouro está sujeito a contingências de natureza política; deixou de ter a consistência do passado.

Deduz-se do quadro aumento progressivo nos valores e na tonelagem das importações, com um desvio aqui ou além. Às importações parece quererem firmar-se ou progredir (e os dois valores mais altos foram os de 1951 e 1968). Na tonelagem, o último ano atingiu os 7 milhões, mas na exportação o progresso não foi grande. Finalmente, os valores unitários estão em franco progresso, o que é bom sintoma ria exportação. Aumentam mais rapidamente do que os da importação. Tomando os últimos onze anos, podem calcular-se as relações entre os dois termos, importações e exportações, para valores, tonelagem e preços unitários:

(Ver tabela na imagem)

As relações mantiveram-se no ouso de valores (1,5), pioraram no caso da tonelagem e houve ligeira melhoria nos valores unitários, arredondada num e noutro ano para 0,8. A tonelagem não tem neste caso tão grande importância com os valores. Um país em franco progresso tem de importar, e o grau de importação depende da actividade interna. Não seria de lamentar o aumento de importações. Significaria vigor.

Mas o que na verdade não faz sentido é o desequilíbrio acentuado entre o que se compra e vende aos mercados externos.

No caso português há qualificativos para a importação - o que se importa do ultramar está incluído na cifra global (5 343 000 contos), e representa 5 476 000 na exportação.

Deste modo, a balança comercial líquida com mercados externos seria:

(Ver tabela na imagem)

O deficit com territórios estrangeiros elevou-se a mais de 12 milhões de contos e as importações atingiram 28 515 000 contos. B esta cifra que necessita de ser atenuada.

No quadro seguinte dá-se a súmula das importações distribuídas por secções pautais:

(Ver quadro na imagem)