Sem considerar anormal o aumento, as diferenças entre 1965 e 1968 são superiores a 12 milhões de contos no valor e a 1 milhão de toneladas no peso.

Nos valores, o aumento em relação a 1967 foi grande.

O maior negócio na importação e exportação é feito com os mercados europeus. O Pais tem um grande déficit com estes mercados. Da Europa vieram 63,1 por cento de mercadorias e mandaram-se para lá 54,7 por cento do total espontado. Os números são os que seguem:

(Ver tabela na imagem)

A Europa é um grande mercado de produtos susceptíveis de serem produzidos em Portugal. Não há razões que impeçam maior exportação, a não ser as que provém da política aduaneira ou de agrupamentos económicos.

Ora, o saldo em relação aos países europeus é muito grande, em especial em relação a alguns, como a Alemanha Ocidental. Não se vêem as vazões que impedem este país de comprar muito mais produtos portugueses, a não ser talvez a falta de produtos nacionais adaptados nos consumos deste país.

Uma súmula da origem das importações consta do quadro seguinte:

(Ver quadro na imagem)

A Europa esta hoje dividida em grandes grupos. Portugal importou 11 342 500 contos da C. E. E., com quem teve o déficit de 7 696 900 contos.

É este déficit que desequilibra profundamente a balança comercial.

Nos países da E. F. T. A., a que pertence, o déficit é muito mais reduzido, da ordem dos 105 600 contos, o que representa um progresso.

As cifras destes dois grandes grupos constam do quadro seguinte:

(Ver quadro na imagem)

E paradoxal o aumento de déficit com os países da C. E. E., associados politicamente na N. A. T. O., e a quem o País, pela emigração, preste grande ajuda. Esse déficit aumentou muito em 1968. Examinando as cifras, verifica-se que a balança com os diferentes países foi como segue:

(Ver tabela na imagem)

O deficit agravou-se muito nos casos da Alemanha, França e Itália, em especial no primeiro, em que atingiu 4 032 000 contos. Como o deficit total se elevou a 11 941 000 contos e o dos países da C. E. E. se arredondou em 7 696 900 contos, vê-se a importância do desequilíbrio com a Alemanha, que se elevou a 4 032 000 contos, cerca de 1/2 do total.

Haveria vantagem em estudar em pormenor este problema e talvez fazer uma tentativa de desvio das importações para outros países que tenham mais interesse em comprar produtos portugueses.

Se forem considerados os grandes agrupamentos mundiais, as importações e exportações repartiram-se como segue:

(Ver tabela na imagem)

O elemento fundamental na importação e exportação nacionais é a Europa. A América vai progredindo lentamente. A África, que nunca foi grande consumidora de produtos nacionais, está em decadência, pelas razões conhecidas, e os países da Ásia ainda não ocuparam a posição que é possível.

Há grande deficit com a África (oleaginosas) e com a Ásia. Este é um dos capítulos das receitas com índice de aumento mais acentuado. Atingiu 1367 em 1968, apesar da ligeira descida da receita neste ano.