roda de 1,6 por cento do produto interno a preços correntes. Em 1968 diminuíram os encargos, embora tivesse aumentado de cerca de 102 000 'contos a conta de juros. A seguir discriminam-se os encargos:

(Ver tabela na imagem)

Os empréstimos contraídos por empresas privadas, com aval do Estado, têm aumentado nos últimos anos. Os reembolsos pelas empresas interessadas passaram de 198 189 contos em 1965 para 255 584 contos. Mais adiante este assunto será visto com a possível minúcia. Os encargos da dívida pública têm subido muito. Referidos a 1960 esses encargos triplicavam, a, embora sejam ligeiramente inferiores em 1968, eles representam quase trás vezes os de 1960.

Aludiu-se acima a sua incidência sobre as receitas e despesas ordinárias e sobre o produto nacional. Para ter mais clara ideia dessa incidência nos últimos anos, desde 1960, publicam-se a seguir algumas cifras que mostram os percentagens.

(Ver tabela na imagem)

No caso das receitas ordinárias, a percentagem seria de 12 e 17,5 no das despesas ordinárias. A razão da diferença reside no grande excesso existente entre as primeiras e as segundas. Embora se não possa considerar excessiva a percentagem sobre as receitas ordinárias (12 por cento) convém não a avolumar.

No caso da percentagem sobre o produto, que interessa saber, ela é de molde a não sugerir Apreensões por enquanto. A diminuição de percentagem em 1968, relativamente a 1967, não deve causar surpresa, nem influir no sentido da melhorar o aspecto dos encargos, dado que incidiu sobre amortizações.

Evolução dos encargos da dívida Quando se pretende mostrar, nos aspectos da Conta Geral, a evolução das cifras, quer se trate de receitas ou de despesas, deve ter-se sempre em conta o valor d« moeda. E quando a análise recua ato datas longínquas, como é o caso da tabela adiante, a questão desse valor assume aspectos delicados. Deram-se tantos acontecimentos entre 1928 e 1968 que se torna quase impossível o conhecimento exacto do que se passou em matéria financeiro. Mas observar as cifras é sempre vantajoso. Elas exprimem acontecimentos, e, bem ponderadas, dão ideia geral da evolução. No quadro seguinte inscrevem-se os encargos da divida pública desde 1928-1929:

(Ver quadro na imagem)

A última coluna mostra as diferenças positivas ou negativas em relação ao exercício financeiro mencionado antes.

Notar-se-á o pequeno recurso ao empréstimo no primeiro período, traduzido por ligeiro aumento e até diminuição nos encargos até 1940. Os aumentos começaram a crescer por cifras maiores a partir de 1950, mas acelerou-se o crescimento nos últimos seis anos, com um ligeiro recuo em 1968, já apontado e explicado.