A melhoria nas receitas da Imprensa Nacional, que somaram 29 104 contos em 1968, produziu saldo relativamente avultado na conta destes serviços. A despesa arredondou-se em 23 669 contos, mais 359 contos do que em 1967. Este aumento foi totalmente absorvido por compra de matérias-primas.

(Ver tabela na imagem)

Já por diversas vezes se fizeram sentir nestes pareceres as dificuldades com que luta este organismo, com incidências sérias nos serviços.

O longo contacto do relatório das contas com o pessoal mostrou-lhe essas dificuldades, principalmente no período parlamentar, em que há necessidade de compor e imprimir os discursos e discussões, por vezes alterados, pelo menos na forma. O recurso a horas extraordinárias é um , método que não é o melhor pana suprir falteis de pessoal com remunerações que se afastam muito nalguns casos das da indústria particular.

Tem havido progresso no reequipamento mecânico da Imprensa Nacional, ainda longe do necessário. Se se pretender transformá-la numa oficina central, com privilégio para a composição e impressão de todas as publicações do Estado, haverá necessidade de promover uma profunda transformação na orgânica e equipamento da Imprensa Nacional.

A qualidade do trabalho, apesar dos dificuldades, honra as artes gráficos nacionais.

Segurança pública Explicaram-se as causas do aumento da despesa nas polícias e Guarda Nacional Republicana, que utilizavam 452 726 cantas em 1968, de um total, no Ministério, de 686 596 contos.

No quadro seguinte discriminam-se os verbas da Guarda Nacional Republicana e das

(Ver quadro na imagem)

As dificuldades no recrutamento e outras razões levaram ao ajustamento de vencimentos em Novembro de 1968. Esse ajustamento traduziu-se no aumento de 17 782 contos (7 122 contos na Guarda Nacional Republicana e 10 660 nas polícias).

Há a acrescentar a esses aumentos uma verba utilizada nos anos económicos findos, que indicam um acréscimo de despesa de 2007 contos. Estos destinaram-se ao pagamento de serviços clínicos e de hospitalização da Polícia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana. Como é natural, a grande despesa nas polícias incide sobre a de Segurança Pública, que atingiu 192 135 contos em 1968.

A verba total discrimina-se da forma seguinte:

(Ver tabela na imagem)

Houve aumentos em todas as rubricas pelas razões apontadas, produzindo no total 10 660 contos.

A despesa total com a segurança pública tende a aumentar. Um apanhado geral da conta do Ministério mostra a despesa de 189 790 contos, além da mencionada nos organismos analisados mais acima. Essa despesa reparte-se como segue:

(Ver tabela na imagem)

(a) Refere-se a quatro meses.

(b) Grande parte refere-se a despesas realizadas pala Polícia de Segurança Pública e pela Guarda Nacional Republicana sem cabimento nas respectivas dotações, nomeadamente em «Serviços clínicos e de hospitalização», que, embora reforçada substancialmente, não foram suficientes para as necessidades (assistência clinica ao pessoal e seus familiares).

O que conta em maior volume nesta despesa é o abono de família e o subsídio eventual de custo de vida, ambos com grande incidência nas polícias e Guarda Nacional Republicana.