As despesas ordinárias do Ministério do Exército somaram 1 261 327 contos, mais 65 431 contos do que em 1967.

Para obter as despesas totais há a acrescer 814 contos contabilizados nos extraordinárias, perfazendo o total de 1 262 141 contos.

Apesar da transferência para a Presidência do Conselho (Departamento da Defesa Nacional) de serviços financiados através de verbas orçamentadas neste Ministério, a sua despesa continuou a aumentar, tendo atingido o máximo em 1968.

A Conta Geral mostra com muito pormenor como se gastou a elevada dotação de 1 261 327 contos. Do conjunto sobressaem dois capítulos, o dos serviços de instrução e o dos encargos gerais, que, somados, perfazem 960 667 contos, distribuídos como segue:

Contos

Encargos gerais do Ministério ....... 672 438

Estes dois capítulos representam cerca de 76 por cento da despesa ordinária. O movimento ascendente da despesa nos últimos cinco anos só teve uma interrupção em 1965. Desde então os aumentos foram grandes, sendo o máximo em 1968.

No quadro seguinte inscrevem-se as despesas ordinárias e os índices na base de 1938 igual a 100:

(Ver quadro na imagem)

Duas ilações se tira da evolução do índice: o relativamente baixo acréscimo até 1950 e o forte desenvolvimento a partir de 1960. De então até 1968 ele foi superior a 127, o que é muito.

A grande variedade de rubricas nulo permite comentários adequados sobre a actividade do Ministério. Nas despesas ordinárias incluem-se verbas por o Serviço Mecanográfico do Exército, Serviço Cartográfico, biblioteca, Arquivo e Museu Militar, direcções de firmas, Inspecção-Geral, Instituto de Altos Estudos Militares, Academia Militar, Escola Central de Sargentos, Centro Militar de Educação Física, Equitação e Desportos, Escola Militar de Electro-mecânica, Escolas Práticas de Infantaria, de Artilharia, de Cavalaria, de Engenharia, de Transmissões, de Administração Militar, do Serviço de Material, Escola do Serviço de Saúde Militar, Campo de Instrução de Santa Margarida, Colégio Militar, Instituto Técnico Militar dos Pupilos do Exército, Instituto de Odivelas, cursos de oficiais e sarg entos milicianos, e com cerca de 98 000 contos as escolas de recrutas. Todos estes serviços utilizaram cerca de 288 000 contos.

Mas a maior verba é a dos encargos gerais do Exército, que compreende o pessoal. Algumas cifras aproximadas mostram o volume desta rubrica geral - oficiais do activo, cerca de 152 000 contos, da reserva, 63 300 contos, sargentos e praças de pré, 243 600 contos (inclui 135 000 para alimentação a cabos e praças de pré).

Ainda se podem mencionar 31 000 contos para subsídios de guarnição, 33 000 contos para semoventes, 6720 contos para alimentação de oficiais e furriéis, 10 323 para serviços clínicos e de hospitalização, 4000 contos para subvenções de família.

O abono de família elevou-se a 18 965 contos e o subsídio eventual de custo de vida a 94 416 contos.

Estas cifras querem apenas dar uma pálida ideia da complexidade orçamental neste Ministério.

Elas mostram a minúcia com que se descrevem na Conta Geral.

A seguir indicam-se as verbas globais coordenadas por capítulos.

(Ver tabela na imagem)