Os edifícios escolares formam o maior dispêndio, como se nota a seguir: .

Em edifícios escolares gastaram-se 293 691 contos, comparáveis ai 163 633 contos em 1967. Mas o grande aumento deu-se nos liceus (mais 125 513 contos).

Se à verba de construções escolares se adicionar a das cidades universitárias, obtêm-se 308 649 contos, num total de despesas extraordinárias (450 708 contos) gastas nesta Direcção-Geral.

A Conta mostra que o Estado procura resolver deficiências na instalação da população escolar, e certamente se realizou um grande progresso nesta matéria. Mas não devem, exagerar-se os programas, não vá acontecer, como no caso das escolas primárias, haver algumas fechadas por falta de frequência.

Ainda há necessidades urgentes, e já se citou o caso da Faculdade de Ciências. De modo que a verba deve manter-se durante alguns anos pêlo menos.

A verba das construções prisionais é uma parcela do que se gasta. O Ministério da Justiça, está executando um programa de construções, com verbas próprias, que não vêm à Conta.

Melhor ou muito a despesa das construções hospitalares. Têm sido construídos hospitais sub-regionais ao longo dos anos em muitos concelhos. O problema desses hospitais é agora dai sua manutenção e assistência médica.

No caso da instalação de serviços públicos, há ainda largo programa a realizar. Neste caso, há outro departamento do Ministério, o da urbanização, que executa obras deste tipo em comparticipação com as autarquias locais. Desde 1961 a despesa destes serviços aumentou 228 791 contos. O índice na base daquele ano seria de 235. Tão grande desenvolvimento na despesa, um dos mais altos nos últimos anos, foi devido ao aumento nas despesas extraordinárias, que passaram da 105 422 contos em 1961 para 322 685 contos em 1968. Ais despesas ordinárias mantiveram-se quase em idêntica cifra em 1961 e 1967, subindo 11018 contos em 1968.

A evolução da despesa nos últimos anos consta do quadro seguinte. -

Nos dois anos de 1967 e 1968 houve um surto grande ias despesas, em especial nas extraordinárias, como se deduz das caíras. Estas últimas representavam cerca de 15 por cento do total do Ministério em 1965, atingindo 28,6 por cento em 1968, para descer para cifra mais razoável (22,1 por cento) em 1968.

No quadro a seguir indica-se a influência das despesas ordinárias e extraordinárias no conjunto:

As alterações relativamente grandes que produziram o aumento total de 20 128 contos em relação a 1967 e de 154960 em relação a 1966 tiveram origem nas despesas extraordinárias, que liquidaram as obras de rega no Alentejo. O aumento de 11018 contos verificado nestas despesas em 1968 processou-se no pessoal, em material e nos encargos, como se nota nos números que seguem:

O total de 1968, com um aumento relativamente alto, indica reforço de verbas em todas as classes de despesas! mais acentuadamente nos. encargos, que se desdobrarão mais adiante.

O reforço da verba de pessoal é pequeno. Para as obras de grande projecção económica e por natureza de grande especialização é indispensável, a existência de pessoal bem treinado, o que não pode acontecer sem remuneração adequada. Actualmente as verbas de pessoal distribuem-se como segue:

contos

Pessoal dos quadros aprovados por lei ....15016