A conta de imóveis somou 2 508 424 contos, um pouco mais do que em 1967, e são ainda as caixas de previdência que concorrem com 1 530 269 contos. Não se discrimina a verba, relativamente alta, de 2453980 contos sob a designação de «Outros». As cifras demonstram a grande influência dos fundos da Previdência na vida financeira. Há progressos nas dotações deste Ministério, que elevou as suas despesas para 1 007 762 contos em 1968.

Para, determinar o total gasto pelo Estado da saúde e assistência seria necessário juntar as verbas do Ministério das Obras Públicas, por despesas, extraordinárias, destinadas à construção de novos hospitais - 91 240 contos em 1968; as gastas em reparações e conservação, pelo mesmo Ministério; as utilizadas, como comparticipações nos progressos da salubridade pública, pela Direcção-Geral de Urbanização; o que se gasta nos hospitais e outros serviços nos Ministérios da Marinha e do Exército; as verbas relacionadas com o Hospital do Ultramar e outras instalações sanitárias, e ainda ajudas de diversa natureza prestadas através de serviços do Estado, como o auxilio aos funcionários públicos com despesa inscrita no Ministério das Finanças, além dos subsídios a Misericórdias espalhadas pelo País, com proeminência em Lisboa e Porto.

As despesas do Ministério da Saúde e Assistência representam uma parcela, a mais volumosa, dos consumos financeiros relacionados com a saúde pública.

As de 1968 discriminam-se no quadro seguinte:

O aumento do despesa em relação a 1967 foi de 64 871 contos, apesar da diminuição de 27 195 contos na assistência, devido a transferência de verbas.

A despesa subiu 455 400 contos desde 1960. Ultrapassou pela primeira vez 1 milhão de contos. E se for feita a comparação com o ainda recente exercício financeiro de 1965, encontram-se mais 182 154 contos. Estas cifras, se fossem acrescidas às do Ministério das Corporações e Previdência Social, que louvavelmente tem vindo a intensificar a sua acção através dos serviços médico-sociais, mostram o interesse do Estado pela saúde

pública e o propósito de melhorar, na medida do possível, a assistência na doença.

As classes menos evoluídas ou de memores rendimentos são ou parecem ser as mais protegidas. Eram elas que, por seus fracos rendimentos, estavam mais sujeitas aos inconvenientes de um mau serviço na saúde, por falta de medicamentos, de instalações, de pessoal médico e de enfermagem, ou, ainda, por indiferença atávica nas populações mais incultas, citadinas ou rurais, que descuravam ou descriam da assistência médica.

Neste aspecto já se deu um grande passo, e julga-se que, se se mantiver o propósito e o esforço, a cobertura sani-