tária ocupará nos anos mais próximos uma posição satisfatória. Onde parece haver lugar para mais acentuados progressos é nos auxílios à classe meditai, em especial no campo operatório ou cirúrgico.

O relator não conhece o problema em seu pormenor, mas tem ouvido queixas, e até leitores dos pareceres se lhe têm dirigido neste sentido, apresentando casos de despesas em casas de saúde ou de honorários de intervenções cirúrgicas que estão para além dos seus recursos. O problema não será insolúvel. Muitos não estão cobertos por seguros contra a doença, outros indiferentes não têm reservas que possam utilizar em casos de emergência, outros ainda contam com saúde perene e gastam o que poderiam ter poupado para eventualidades.

Talvez o Ministério da Saúde e Assistência pudesse colher elementos e estudar, numa base solida, ais possibilidades de resolver pelo menos alguns dos casos que afligem as classes médias. Como se verificou no quadro geral, as diferenças na despesa entre os dois anos, à parte o subsídio eventual de custo de vida, com mais 1984 contos, resumem-se à diminuição de 27 195 contos na Direcção-Geral da Assistência e ao aumento de 89 480 contos na Direcção-Geral dos Hospitais.

A primeira é mais aparente do que real. Com efeitos, as maternidades, anteriormente na Direcção-Geral da Assistência, foram transferidas para a Direcção-Geral dos Hospitais. Daí resultou o decréscimo de 27 195 contos.

Por sua vez, esta última apresenta o grande aumento de 89 480 contos, que proveio da despesa com as maternidades e de reforços de verbas nos hospitais. Esta Direcção-Geral não tem aumentado muito a sua despesa, que era de 45 504 contos em 1960, e subiu para 56 009 contos em 1968. Em relação a 1967 gastou mais 483 contos.

As verbas constam do quadro seguinte:

Em 1967 não se incluíram os subsídios à Escola Nacional de Saúde Pública e de Medicina Tropical. A verba de subsídios elevar-se-ia a 2948 contos. Os 3110 contos gastos em subsídios representariam um aumento de 162 contos.

Outros subsídios mantiveram as cifras do ano anterior, que, por sua vez, se não afastavam muito das de 1960, com excepção do relativo à Escola Nacional de Saúde Pública e de Medicina Tropical, já indicado, e que inflacionou a despesa de 1967 para 19 448 contos, idêntica à de 1968 (menos 4 contos).

Os subsídios repartem-se como segue:

Direcção-Geral da Assistência O movimento dos serviços produziu nos últimos anos alterações no significado das cifras. Parte das despesas desta Direcção-Geral é liquidada pela dos Hospitais. A transferência em 1965 de grande parte dos subsídios, já indicada no parecer de 1967, produziu uma diminuição em 1966 perfeitamente justificada. Em 1968 a transferência das maternidades trouxe nova redução no orçamento da Direcção-Geral da Assistência. E a despesa dos Hospitais aumentou muito.

Os gastos da Direcção-Geral da Assistência discriminam-se como segue: