Excessos de receitas ordinárias Estes excessos atingiram a cifra de 7 940 500 contos, números redondos, mais 1 122 500 contos do que em 1967, o que é notável.

Considerou-se como grande a cifra deste ano.

Nos dois últimos anos o excesso de receitas ordinárias aumentou 2 583 900 contos. O Estado nestes dois anos arrecadou 14 758 500 contos.

Para este efeito, aumentou-se a carga tributária, desenvolvendo as receitas ordinárias, e manteve-se a política de compressão.

Não parece ser possível ir muito mais longe, porque o produto cresce em termos reduzidos e as despesas ordinárias terão de aumentar. Nem todos os excessos de receitas ordinárias se gastaram. Com efeito, a diferença entre receitas e despesas ordinárias somou 7 366 000 contos:

Há que comparar as duas verbas de 7 940 500 contos (excessos de receitas ordinárias) e 7 366 000 contos (excessos de despesas extraordinárias sobre as receitas extraordinárias).

Indicam-se a seguir as percentagens das despesas extraordinárias e das receitas ordinárias.

As receitas extraordinárias fixam-se em cerca de 15 por cento das totais, enquanto as despesas extraordinárias sobem a cerca de 45 por cento. Dentro em breve, se as coisas assim continuarem, as despesas extraordinárias serão iguais às ordinárias.

Evolução das receitas extraordinárias O volume de receitas extraordinárias depende muito do volume do produto de empréstimos utilizados no ano. Se forem analisados, ano por ano, nota-se a íntima correlação entre umas e outros. Em 1951 e 1952 o nível de receitas extraordinárias foi baixo, como o volume de empréstimos.

A seguir publica-se um quadro indicando o quantitativo das receitas extraordinárias:

Na primeira coluna, para efeitos de comparação, inscrevem-se os excessos de receitas ordinárias. Elas têm directa influência nas receitas extraordinárias. Como estas últimas são formadas em grande parte por empréstimos, alto nível de excessos de receitas ordinárias reduzem e impedem de recorrer à utilização de empréstimos.

O desenvolvimento das despesas extraordinárias nos últimos anos obrigou o Estado a contrair empréstimos volumosos.

É de interesse notar que entre 1964 e 1968 a soma dos excessos de receitas ordinárias atingiu 28 381 300 contos, que é uma grande soma no contexto orçamental. Ultrapassou generosamente a soma das receitas extraordinárias.

Discriminação das receitas extraordinárias Além do produto de empréstimo., que se elevou a 3 099 436 contos em 1968, as despesas extraordinárias são pagas por verbas de outras origens de muito menos valor em geral.

No mapa a seguir discrimina-se a origem das receitas extraordinárias desde 1952.