sibilidades formam um leque de produtos susceptíveis de exploração remuneradora.
Os casos do açúcar e do algodão aparecem no horizonte económico com grandes esperanças de êxito. Mas factores de diversa natureza, estiolam as produções. A metrópole pode consumir estes produtos. Na verdade, importa-se em termos que não são dos melhores. Um esforço no sentido de aumentar a produção de açúcar, de algodão em rama, de oleaginosas e de carnes, torna-se necessário para contrabalançar a influência do café, que continua a ser o esteio das exportações e está sujeito a contingências e vicissitudes conhecidas de todos.
A exportação elevou-se a 3 144 033 sacos de 60 kg (cerca de 190 000 t), menos do que no ano anterior e mais do que a produção no último ano. Como o preço unitário do café melhorou, a baixa na exportação, de cerca de 7864 t, quase não afectou o total, apenas 15 468 contos menos do que o de 1967.
Os preços unitários do café são oscilantes, instáveis, como se vê a seguir:
Torna-se necessário não repousar só no café e diversificar a produção.
Julga-se que o algodão poderá ter em breve uma grande influência na balança comercial. Há ainda deficiências a suprimir no abastecimento metropolitano.
Também melhorou a produção de sisal, que em tempos se colocara na vanguarda da actividade agrícola, com a exportação de 500 000 contos. Mas a melhoria foi pequena. A cifra total é da ordem dos 201 481 contos.
A produção de peixe decaiu muito na década actual, atingindo um mínimo em 1960. E esporádica, com diferenças apreciáveis de ano para ano, como se verifica a seguir:
Toneladas
O aumento no valor do pescado foi devido essencialmente à elevação do preço da farinha de peixe e dos seus derivados. A exportação rendeu mais 47 475 contos.
Esta indústria do peixe é digna de ser acarinhada. Os mares do Sul são ricos e Angola tem condições para estabelecer uma indústria estável e progressiva.
Estes dois produtos são pobres. O minério de ferro de Angola parece ser de boa qualidade e as condições de safra são fáceis.
O mal é terem de percorrer grandes distâncias para atingir os pontos de embarque - Moçâmedes e Luanda, mas principalmente o primeiro.
No caso do petróleo, a extracção em grande escala (Cabinda) está a ser preparada, e pesará na balança comercial talvez no próximo ano.
Em 1968, a produção das indústrias extractivas consta do quadro seguinte, em toneladas:
(Ver quadro na imagem)
As grandes minas de ferro estão situadas em Cassinga e no Cuima, no interior de Moçâmedes. Produziram 2 900 000 t em 1968.
A diferença para 8 218 000 t foi extraída nas minas de Saia e Tumbi, no distrito de Malonje. A exportação de minérios de ferro, da ordem de 2 893 600 t, produziu 645 369 contos, mais cerca de 482 095 contos do que em 1967. Estas cifras mostram o baixo valor unitário dos minérios.
Tudo indica que continuará a aumentar a exportação de minérios de ferro e que a sua concentração no local dos jazigos melhorará os valores unitários.
Quanto aos jazigos petrolíferos, a sua extensão em Cabinda permite augurar ricas perspectivas nos anos mais próximos. O preço unitário não é alto. As quantidades extraídas na zona de Luanda em 1968, da ordem das 749 500 t, que foram alimentar a refinaria de Luanda, produziram 355 000 contos. O valor unitário arredondou-se em 474$ por tonelada. A extracção de petróleo bruto em 1968 satisfez as necessidades da província e permitiu a saída de alguns derivados, como óleos pesados.
Outros produtos minerais de grande influência na economia provincial são os diamantes. Em 1968, a sua produção ainda subiu para l 667 000 ql, mais 378 000 ql do que em 1967. O seu valor fixou-se em l 608 000 contos. Os diamantes têm sido nos tempos magros da economia de Angola um valioso auxiliar. Prospecções recentes parecem indicar possibilidades mineiras diversas, no manganês, no cobre e em outros minerais. Mas, por enquanto, a influência na economia ainda é pequena.
Angola produziria, através dos seus equipamentos transformadores, um pouco menos de 5 milhões de contos (4 918 000 contos).
O ritmo de aumento é alto. Supondo haver deficiências nas estimativas, talvez optimistas, é certo que o desenvol-