vimento industrial se está a processar com alguma aceleração.
Dá-se agora um apanhado da produção de diversas indústrias:
Contos
Produtos refinados (derivados do petróleo bruto) ....514 848
As bebidas (alimentação) ocupam o primeiro lugar e de entre elas sobressai a cerveja com 58 140 000 1, no valor de 473 000 contos.
A indústria dos derivados do petróleo bruto (refinação) também é superior a 500 000 contos, mas neste caso não se devam progressos. Com intensiva exploração nos próximos anos esta indústria talvez venha a ultrapassar outras.
Há ainda valiosas iniciativas industriais em diversos ramos da transformação e é natural que nos anos mais próximos continue a febre de criação de novas fábricas que satisfaçam os consumos.
Mas há um problema que não deve ser descurado. Angola tem a vizinhança de um país que aplica apuradas regras de produtividade e se transformou, na última década, numa zona altamente industrializada. Saturado o seu consumo, há de procurar mercados, e Angola poderá ser um deles. Esta província deverá organizar a industrialização dentro de eficiência e produtividade que lhe permita encorar a concorrência, e até vencê-la.
Parece que 1968 foi um bom ano para o tráfego ferroviário. Não no de passageiros, que recuou no caminho de ferro de Luanda e melhorou no de Benguela. Mas a carga transportada subiu muito em todos, com excepção do caminho de ferro do Amboim. O aumento de tráfego (mais 2 075 000 t) foi espectacular. Consiste em minérios de ferro. Nu secção respectiva (serviços autónomos) se dará informação pormenorizada sobre os transportes.
No caso da produção de energia, também se notam progressos. Subiu para 456 775 000 kWh. O consumo arredonda-se em 406 500 000 kWh. A grande central produtora é a de Cambambe, no Cuanza, com a produção de 214 000 000 kWh.
As centrais do Sul, no Catumbela (88 000 000 kWh), Matala (21 200 000 kWh) e os dos distritos de Benguela (105 9001000 kWh) e Lunda (43 139 000 kWh) melhoraram muito a sua produção. Pode dar-se uma cifra de aumento da ordem dos 9,1 por cento, que, aliás, surpreende pela sua modéstia, dado o desenvolvimento industrial já assinalado.
Comércio externo
Deste modo, o desequilibro negativo foi superior a l milhão de contos (1048459), ligeiramente inferior ao de 1967.
É uma soma muito grande que precisa de ser reduzida.
Para os dois últimos anos as cifras são as que seguem:
(ver quadro na imagem)
As exportações aumentaram, mas por importância pouco superior às da importação. Só mais 22 427 contos.
A que é devida a persistência do deficit?
Em 1968, o peso das mercadorias importadas aumentou mais de 210 000 t, mas o valor unitário desceu, o que impediu desequilíbrio mais volumoso.
No caso da exportação, o peso (por causa dos minérios de ferro) aumentou muito, não havendo compensação adequada nos valores, que superaram os de 1967 por verba inferior a l milhão de contos.
No quadro seguinte indicam-se as importações e exportações, em milhares de toneladas, em conjunto com os valores unitários:
(Ver quadro na imagem)
Em 1967, a importação de locomotivas e vagões foi muito grande. A queda nesta importação arredondou-se em 309 000 contos. Apesar disso, a importação aumentou para cifra indicada acima.