Estas nove mercadorias ainda representam 85 por cento, números redondos, da exportação total, no valor, e quase 90 por cento no peso. Apesar de maiores percentagens, há melhor arranjo tanto nos valores como no peso.

A seguir indicam-se os números:

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Anteriormente o café, em especial nos últimos anos, exercia acção decisiva no valor das exportações; é enfraquecida agora pelo aumento de outros produtos. Um dos problemas nacionais consiste em aumentar as trocas entre as províncias e a metrópole. Dadas as aptidões de cada um, não será difícil com o tempo reduzir a dependência de mercados externos. Não será possível nem convém qualquer ideia de autarquia, nem se devem tomar medidos mo sentido do exclusivo dos marcados nacionais. Mas ainda é muito grande o desequilíbrio, porque a metrópole e o ultramar são tributários nos consumos de grandes quantias e mercados externos.

Reduzir essa dependência, que é o mesmo que reduzir os valores importados, consolidará a economia interna.

Em 1968, Angola importou mais de 60 por cento dos seus consumos do estrangeiro e menos de 36 por cento da metrópole. Incluindo as trocas com o ultramar, a cifra para Portugal não atinge 40 por cento (89,8).

É bem verdade que os mercados externos compram idêntica percentagem dos valores das mercadorias exportarias, mas o deficit ainda é grande, como se verá adiante.

A seguir desdobra-se por grandes grupos a origem das importações:

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Note-se que os mercados externos vêm afirmando a sua posição: de 50,6 por cento em 1960, subiram para 60,2 por cento em 1968. A metrópole caiu de 46,7 por cento para 85,9 por cento.

Estes números são elucidativos e requerem um esforço na metrópole e no ultramar no bom sentido.

No ultramar, quase que só conta Moçambique e Macau. Tirando a metrópole, os principais fornecedores de Angola são os Estados Unidos e a Alemanha Ocidental, como se verifica a seguir:

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Adiante se verificará os grandes deficits com a Alemanha Ocidental e o Reino Unido. Este último mais aparente do que real, porque compra os diamantes de Angola através da metrópole. Angola tem já hoje uma extensa gama de países com que mantém relações no comércio externo.

Os principais são:

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Alguns dos países indicados melhoraram as suas vendas, como a França, a Bélgica, o Luxemburgo, a Suécia, a África do Sul, a Holanda, o Japão e outros.

Ver-se-á adiante se esta melhoria nas vendas teve reflexos no que compraram. Viu-se que o deficit da balança comercial diminuiu ligeiramente.

As exportações aumentaram, acompanhadas pelas importações.

Na tomada de mercadorias produzidas em Angola sobressaem os Estados Unidos e a Holanda, no café.

Por grandes mercados na exportações tiveram o destino seguinte:

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