A província de Timor vive exclusivamente das suas produções agrícolas e nelas ocupa lugar proeminente o café. Não tem sido fácil manter a produção em sentido definitivamente ascendente. Há grandes saltos na exportação. Nos últimos quatro anos ela variou entre um mínimo de cerca de 1500 t, em 1966, e o máximo de 3590 t, em 1967. Como o café representa percentagem muito alta nas exportações (87,4 por cento em 1968 e à roda de 80 por cento em outros anos), as alterações nos negócios do café reflectem-se decisivamente na economia provincial.

Parece ser necessário fazer um esforço no sentido de intensificar outras produções e aumentar, na medida do possível, a produtividade da própria cultura de café, a fim de obter mais uniforme e volumosa receita desta origem.

A balança de pagamentos de 1968 inclui algumas receitas do turismo. Nunca poderão ser muito grandes, apesar de as condições de belezas naturais e a índole dos povos timorenses apontarem num sentido/positivo ne sta matéria. Mas podem ajudar a economia interna e a balança de pagamentos.

A produção agrícola, e sua exportação, há-de ser ainda por muitos anos o esteio da economia provincial.

Comércio externo O aumento de importações e a diminuição de exportações «gravaram o déficit da balança do comércio, que se elevou a 97 918 contos. E uma soma muito grande, que influiu na balança de pagamentos e obrigou a grandes entradas de numerário pela metrópole.

O déficit ainda foi superior ao de 1967 (71 834 contos), já considerado muito alto.

A seguir indicam-se as cifras dos últimos dois anos:

As importações são grandes e ainda subiram 5201 contos em 1968. Maa a causa fundamental do agravamento do saldo resido na quebra de 20 883 contos nas exportações.

O ano de 1967 pode considerar-se como bom na economia timorense, devido relativamente à alta saída de café, depois da crise de 1966. Estas condições não se puderam manter em 1968 e o aumento na importação completou-as com relativamente grande decréscimo na exportação.

Não se realizaram os desejos expressos no parecer de 1967. A importação de 1968 é a maior numa longa série de anos, tendo ultrapassado pela primeira vez os 150 000 contos. E a exportação, embora no nível de alguns dos últimos anos e muito superior à de 1966, não acompanhou o surto nas entradas de mercadorias.

No quadro seguinte exprimem-se as importações, exportações e saldos, todos negativos, desde 1957:

(Ver quadro na imagem)