O Orador: - Mas se o professor é contratado e o Estudo determinar as normas do contrato, pode exigir um contrato de três anos.

O Sr. Carvalho Conceição: - Acerca disso, essa é uma ambição de muitos eventuais que pretendem garantir permanência maior, o que já acontece, aliás, no ensino técnico.

O Orador: - Torna-se necessário fazer uma cobertura mais apertada para o ensino agrícola, ao uivei das escolas técnicas, para que as indústrias agrícolas possam vir a ter quadros devidamente preparados.

Somos de parecer que há que dar prioridade ao ensino que vise as indústrias ligadas aos produtos florestais. Ora. Castelo Branco possui uma mancha contínua de pinhal com mais de centena e meia de milhares de hectares. Existe, localizada no concelho de Vila Velha de Ródão, já na fase de arranque, uma indústria para a produção de pasta para celulose.

E para que técnicos nacionais, formados em Portugal, possam vir a orientar e colaborar neste promissor sector, solicitamos ao Sr. Ministro da Educação Nacional a criação, na Escola Comercial e Industrial de Castelo Branco, da secção agrícola, com cursos inerentes à tecnologia da pasta de celulose.

Vozes: - Muito bem!

O orador foi cumprimentado.

privadas.

Visita de trabalho, realizada com naturalidade e simplicidade, ultrapassou, em projecção política e em sentido prático, o que é normal em deslocações ministeriais desta índole. Por isso, sempre atento aos interesses regionais, o governador civil de Aveiro, a cujo temperamento de político e a cuja obra de realizador infatigável me apraz render homenagem, não deixou de publicamente, chamar a atenção para o relevante serviço assim prestado ao distrito pelo ilustre titular das pastas das Obras Públicas e das Comunicações.

Na verdade, nos concelhos de Aveiro, Espinho, Ilhavo, Vagos. Murtosa e Ovar, o engenheiro Rui Sanches, durante alguns dias de intensivo labor, apreciou as mais variadas questões, desde ais de urbanização e de habitação às das comunicações rodoviárias e ferroviárias, desde as da construção de estabelecimentos de ensino e outros edifícios públicos às do abastecimento de águas e de saneamento, desde as da defesa das praias ou da ria às da valoriz ação do património artístico e arquitectónico e das estruturais turísticas.

O Ministro viu, observou e pôde concluir. Teve reuniões de trabalho em que se estabeleceu diálogo aberto e construtivo. Andou de terra em terra escutando os dirigem leis locais e ias numerosas pessoas que o acolheram cordialmente e lhe apresentaram, com respeitoso à-vontade e com fundada confiança, os seus problemas e as suas aspirações.

Mas não se limitou a ouvir e a tomar contacto com as populações e as suas necessidades. Sempre que lhe foi possível, logo adoptou providências, caracterizadas por um conhecimento dos assuntos e por um senso prático verdadeiramente impressionante.

O Sr. Camilo de Mendonça: - Muito bem!

O Orador: - E fê-lo, muitas vezes, assumindo compromissos claros e dando indicações precisas sobre a maneira de solucionar problemas nos seus aspectos técnicos, administrativos e financeiros.

Por tudo isto e pelo muito mais que poderia dizer-se, a visita do Ministro Rui Sanches à zona litoral de Aveiro deveria ser mencionada nesta Assembleia, em testemunho do reconhecimento e do apreço devidos ao estadista, pelo muito que fez em tão curto lapso de tempo, e ao homem, pela simpatia e pela, seriedade reveladas nos seus contactos com a gente da minha terra, que, por isso, guardará indelével lembrança de quem soube compreendê-la e cativá-la.

Acresce que esta visita veio mostrar que a operosa actividade desenvolvida pelas entidades oficiais no período imediatamente anterior às últimas eleições não só não abrandou, como recrudesceu depois, e se mantém, de forma notável, em todos os planos de vida na vasta região aveirense.

Tal facto não poderia eu omiti-lo nesta breve intervenção, já pelo real interesse político de que se reveste, já porque me proporciona o grato ensejo de prestar justiça ao Governo e ao seu devotado representante no distrito de Aveiro por tudo o que vêm fazendo para dar satisfação às legítimas aspirações de uma população laboriosa e merecedora, a todos os títulos, de ser compreendida e estimulada, tão grande e fecunda é a sua luta pela melhoria das condições de vida e pelo progresso da região e do País.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Casal-Ribeiro: - Sr. Presidente: Quando em Janeiro de 1068, na Assembleia Nacional, se discutiu largamente, e aprovou, a nova Lei do Serviço Militar, pensava eu que., cumpridas as (indispensáveis formalidades, ela entrasse imediatamente em vigor, substituindo a então vigente e que, por estar desactualizada, o Governo da Nação entendera por bem alterar, moldando-a de acordo com o momento que então se atravessava e os superiores interesses da vida nacional.

Antes de referir o assunto que me levou a pedir a palavra - a entrada em vigor da referida Lei n.º 2135 -, eu desejaria tecer algumas breves considerações sobre as forças armadas, embora reconheça humildemente não possuir, para fazer o seu elogio, qualquer credencial para além da altíssima admiração, apreço e profunda gratidão que nutro por aqueles que, defendendo a Pátria em terras africanas, são a suprema garantia da paz interna de que o País necessita para a concretização de todos os planos que visem o seu progresso e a sua própria continuidade.

Vozes: - Muito bem!