à semelhança do que se fez para a indústria, e que, além do mais, leve ao público a consciência do que a floresta representa na vida do homem e, das regiões, nos seus múltiplos aspectos económico e paisagístico e de combate à poluição do ar e aos ruídos que cada vez mais atormentam o homem?
A agricultura carece de indicações e rumos concretos, claros e praticáveis, dentro do condicionalismo existente: bem pior do que estar e continuar mal, é não saber por que caminhos há-de seguir; não é lícito comunicar utopias nem vale a pena indicar caminhos que a lavoura não possa: ou não deva percorrer.
Aproveite-se, pois, este ano de 1970 para indicar à lavoura o seu rumo florestal e para lhe assegurar, desde já, condições de exportação e de venda, a preço justo, dos seus produtos.
E termino as minhas considerações com um apelo à Corporação da Lavoura, para que no, aliás, cumprimento do seu indeclinável dever se mantenha activa e pronta na defesa de resultados úteis, «pois só assim se legitimará perante os lavradores.
Vozes: - Muito bem, muito bem !
O orador foi muito cumprimentado.
Vozes: - Muito bem!
O Orador: - É, aliás, o teor não só das civilizações tradicionais, mas até das mais avançadas na pesquisa técnica dos bens e dos valores que enriquecem e dignificam o homem.
Consequentemente, merecem aquelas escolas tratamento compatível com a importância de que se revestem na vida nacional; e não o esquecimento ia que vêm sendo votadas.
O Sr. Pinho Brandão: -Muito bem!
Vozes: -Muito bem!
O Orador: - No projecta da proposta de Lei sobre a criação do Instituto Nacional de Pedagogia e na revisão, ali anunciada, da organização das escolas do magistério primário se fundamentam, com legitimidade, as minhas esperanças.
Há que construir edifícios condignos para aquelas escolas, apetrechando-as com adequado material pedagógico e escolar; há que dotá-las com um corpo docente devidamente seleccionado e justamente remunerado; há que reformá-las e actualiza-las; há, em suma, que dignificar esse sector do ensino, nesta hora d(c) renovação e revitalização que estamos vivendo.
Prolongaram-se de mais, com medrosas inovações e regulamentação ad hoc, ais normas legais que o então Ministro da Educação, Prof. Doutor Mário de Figueiredo, fez publicar há quase trinta. Ora, é hoje muito mais brusca e ampla- e exigente a mutação sócio-pedagógica em todo o Mundo e talvez em especial mo mundo português, ante a qual não se concebe já uma restrita visão metropolitana de educ ação nacional. Importa sermos contemporâneos de nós próprios em cada novo momento do Mundo, e sempre :as escolas hão-de- ser factor decisivo de actualização pessoal e comum.
Sr. Presidente: Há escolas do magistério; primário a funcionarem em edifícios absolutamente impróprios. A de Vila Real, por exemplo, está instalada num velho, casarão, acanhado e sem qualquer dependência ou logradouro paira recreio, e que constitui «uma das manchais mais conspícuas no belo panorama da cidade», como, um dia, o classificou um ilustre membro do Governo, numa visita que efectuou ao distrito.
E, desde esse dia - em que se procedia ao estudo de localização Ida nova escola - até hoje, já lá vai mais de uma dezena de anos sem que ,a construção fosse iniciada.
Ora, também nisto, parar se afigura equivalente a retroceder, o que, nos domínios culturais, é hoje mancha ignominiosa dos povos.
Oxalá, pois, que não decorra outro tanto tempo até à conclusão dessa obra, que julgamos preste s a iniciar-se e que se reveste de extraordinária importância para Vila Real e seu distrito, onde é considerável a população escolar.
O Sr. Camilo de Mendonça: -Muito bem!
O Orador: - Esta, em grande percentagem económicamente débil, encontra na escola (do magistério primário a solução para o seu futuro.
Esperemos que não se lhe negue isso por muito mais tempo.
Só em edifício construído propositadamente para o efeito e convenientemente apetrechado, nomeadamente com uma biblioteca que possibilite a permanente actualização dos que ali trabalham, se poderá, em Vila Real, resolver capazmente o problema da instalação daquele estabelecimento de ensino.
O caso não é único e reclama generosas atenções imediatas.
No que se refere ao corpo docente das escolas do magistério primário, ele é, presentemente, diminuto, instável e heterogéneo, decerto porque aufere remunerações inferiores relativamente ao que sucede com os outros ramos do ensino: um professor de Higiene Escolar, que tem de ser médico,, percebe 22$50 por aula, tal como sucede com