João Bosco Soares Mota Amaral.

João Duarte de Oliveira.

João José Ferreira Forte.

João Lopes da Cruz.

João Manuel Alves.

João Nuno Pimenta Serras e Silva Pereira.

Joaquim Germano Finto Machado Correia da Silva.

Joaquim José Nunes de Oliveira.

Joaquim de Pinho Brandão.

José Dias de Araújo Correia.

José Gabriel Mendonça Correia da Cunha.

José João Gonçalves de Proença.

José Maria de Castro Salazar.

José de Mira Nunes Mexia.

José Pedro Maria Anjos Finto Leite.

José Vicente Abreu.

José Vicente Cordeiro Malato Beliz.

Júlio Dias das Neves.

Leonardo Augusto Coimbra.

Lopo de Carvalho Cancella de Abreu.

Lufe António de Oliveira Ramos.

D. Luzia Neves Fernão Pereira Beija.

Manuel Elias Trigo Pereira.

Manuel de Jesus Silva Mendes.

Manuel Joaquim Montanha Pinto.

Manuel Martins da Cruz.

Manuel Monteiro Ribeiro Veloso.

D. Maria Raquel Ribeiro.

Olímpio da Conceição Pereira.

Pedro Baessa.

Prabacor Rau.

Rafael Ávila de Azevedo.

Rafael Valadão dos Santos.

Rogério Noel Feres Claro.

Rui de Moura Ramos.

D. Sinclética Soares dos Santos Tones.

Teodoro de Sousa Pedro.

Teófilo Lopes Frazão.

Tomás Duarte da Câmara Oliveira Dias.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 73 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 11 horas e 30 minutos.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Lopes Frazão.

O Sr. Lopes Frazão: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Hoje, por toda a parte do mundo evoluído, nós vemos multiplicarem-se, em número exagerado, centros de investigação de matérias diversificadas, cujo conheci mento se quer mais profundo e aplicado com largueza, para que mais se saiba e, portanto, mais útil se seja.

Esses centros de aprofundamento da ciência, geralmente integrados nas Universidades, suo seus fecundos prolongamentos no fazer prático do homem, e, como tal, francamente positivos e da mais prestimosa acção.

Ainda não há muito dias que tivemos oportunidade de de nos debruçarmos sobre um escrito da orgânica da moderna Escola de Medicina Veterinária de Hanôver, tendo verificado que a sim estrutura, extraordinariamente avançada, conta treze desses centros, designados institutos, que, além da actividade docente, têm ainda a missão de realizar cursos de preparação e aperfeiçoamento dos médicos veterinários rurais, de investigarem "preferentemente sobre os problemas práticos da actualidade" e transmitirem às explorações animais o saber adquirido, ajudando-as a serem mais qualificadas.

O conselho escolar da nossa Escola de Medicina Veterinária, na proposta apresentada recentemente de reorganização do ensino, e que agora, em certeza, com assento no tão louvável despacho do Sr. Ministro da Educação Nacional, proclamador da necessidade urgente do mais alargado dialogo sobre a problemática universitária para o seu melhor equacionamento, terá de novo enunciação, considerou de grande vantagem instituir nove institutos como mínimo, todos perfeitamente ajustados às prementes necessidades de uma pecuária maior e melhor, como é aquela de que o País precisa instantemente, e, pode dizer-se, que bem definidos na sua caracterização específica.

Também não é de hoje o interesse reconhecido nos institutos de aplicação, pois o Prof. Sobral Cid, da Faculdade de Medicina de Lisboa, em 1925, instou pela sua criação nos centros universitários, "inspirados nas necessidades regionais e em permanente contacto com a actividade económica do Pois".

Sem diminuir a vincada essencialidade de todos quantos foram propostos pelo conselho escolar, temos como um idos de maior fundamento, e, se possível, a criar imediatamente, o de parasitologia, pois é tal a sua importância que a sua falta constitui excepção, segundo cremos, nos países da Europa inteira.

As doenças parasitárias, com uma pecuária a densificar-se cada vez mais, excedem-se enormemente, constituindo, como autêntico flagelo que são, uma das maiores motivações do desgaste do capital-gado.

E o pior é que, paira além da sua incidência extremamente dolosa sobre a pecuração, ainda mais atingem marcada gravidade, pela comunhão que algumas têm com o próprio homem.

E são muitas, quase atingindo a centena, que se saiba, as que lhes são transmitidas pêlos animais, havendo necessidade imperiosa de bem os conhecer para bem as combater.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Porque as infestações verminosas perturbam muito a humanidade, e em número tão alargado que "ultrapassa mesmo o da população do Globo", é que Stoll, parasitologista de nomeada, usou a expressão tão própria para a Terra em que vivemos de "Mundo verminoso".

A terrífica hidatidose e mais as tenioses, a triquinose, a fasciolose, a oxiurose e a ascaridiose, no domínio das helmintoses e as graves leishmaniose e toxoplasmose, no das protozooses, isto para citarmos apenas as entidades nocentes mais salientes na atingida doble animal-homem, impõem uma luta activa e continuada e conduzida em profundeza, isto no foro veterinário, que não é possível conseguir-se na precariedade dos meios de que se dispõe.

Bastante deve já o País ao exercício veterinário, pela erradicação de muitos meles que o atormentavam, e eu lembro aqui a raiva, o carbúnculo, o mormo e sei lá quantos mais inficionamentos mas, no que respeita às parasitoses, extremamente maldosas e dissimuladas no seu actuar, ainda há muito caminho a percorrer, até que se atinja a meta do êxito.

O eminente cientista veterinário Prof. Ramon disse que "não se deve esquecer que muitas doenças parasitárias são comuns aos animais e "o homem, e estudá-las e combatê-las é contribuir para a protecção dele contra tais