vradores do Norte ao Sul do País é que tem razão e lastimaremos se for já tarde e sem tempo para satisfazer as suas legítimas aspirações.

Vozes: - Muito bem!

O orador fui cumprimentado.

Estamos em face nós também - muito embora o não ponderem aqueles que atribuem à Administração todas as culpas pela crise da Universidade pela falta de professores, a exiguidade dos edifícios escolares em todos os uiveis do ensino, pelas carências hospitalares, etc., de um irreversível fenómeno de crescimento, tanto do ponto de vista económico como social, circunstâncias em que não poderemos furtar-nos ao influxo do vasto complexo que sempre acompanha os sucessivos estúdios de uma evolução, entre nós demasiado rápida no acesso fácil que possibilitou a certos bens, o mais desejado, o automóvel, para andar ou para se ter parado à porta de casa, cuja renda muitas vexes se não paga... 90 por cento a submeterem o essencial ao supérfluo, a criarem problemas que sobre todos nós se reflectem e a que o Governo não poderá dar de modo algum, satisfação imediata.

No reconhecimento, de tal facto, impossibilitados de remediar o mal nus suas origens, ha que encará-la nas suas incidências, obstando a que recrudesça nos efeitos cada dia is catastróficos do mau uso e abuso mas utilização de uma arma too perigosamente homicida, muitas vezes, muitíssimas vezes, em circunstancias que aconselhariam a revisão do critério apreciativo da involuntariedade do acto praticado.

Enfim..., o problemas é sempre o mesmo.

Estamos a crescer, a o crescer acarreta problemas de espaço e impõe soluções. Na estrada ou na Universidade, sem atropelar, temos do trabalhar para que caibam cada dia mais neste mundo, pletórico em que uivemos.

Sr. Presidente: Ao tratar deste assunto, sobre que já me debrucei na passada legislatura, devo começar por declarar que o foco sem quaisquer preocupações de mostrar-me nele especializado ou de querer parecê-lo. Apenas um qualquer entre os muitos que andam na estrada, não pretendo senão lançar um brado de alerta para que se inicie uma pronta ofensiva contra esse consecutivo desfilar de mortos vitimados por acidentes cada dia mais frequentes..

Bem presentes as dificuldades e implicações de ordem vária que a vasta problemático, do trânsito rodoviário está criando - a sempre latente questão do seguro automóvel: a sua obrigatoriedade para todos os veículos, sem distinção de número de rodas desde que matem e mediante o estabelecimento de uma taxa degressiva ou progressiva aplicável em função do grau da sinistralidade revelado pelo titular da apólice; a manufactura nacional de pneus no que respeita ao emprego de borrachas sintéticas em percentagens que, se aumentam a durabilidade daqueles diminuem consideravelmente a sua segurança como está internacionalmente reconhecido; a revisão de automóveis que por aí circulam em precárias condições de segurança quanto ao essencial; os carros recuperados por mecânicas habilidosas e obtidos como salvados em leilões dos próprias seguradoras e em outras origens: as bicicletas com ou sem motor: os bestes do álcool; a indisciplina e arrogância de certos peões em atitudes de desafio ao automobilista; a obrigatoriedade do uso de capacetes protectores pêlos ciclomotoristas; as demasiadas facilidades na concessão das cantas de condutor, etc., mas, sobretudo o policiamento das regras de transito e o incivismo da grande maioria dos automobilistas, que insultam, gesticulam ameaçadoramente, constantemente transgridem e frequentemente matam, num progressivo e inútil sacrifício de vidas, doloroso luto a cobrir imensas famílias de súbito privadas dos seus chefes ou dos seus entes queridos quase sempre sem sequer o lenitivo de uma compensação material.

Em tal medida, que só num ano superou em mais de seis vezes, segundo declarou recentemente nesta Assembleia o nosso colega admirou-te Roboredo e Silva, a média anual dos mortos em combate no conflito subversivo de que nos defendemos no nosso ultramar, referência que por si só desde logo outorga foros de problema nacional à questão era proposta.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Da simples enunciação que assim correndo deixo feita, resulta clara a grandeza do âmbito em que terá de desenvolver-se o estudo das soluções adequadas, que não pode caber, como é óbvio, dentro dos limites necessariamente estreitos de uma intervenção neste período de antes da ordem do dia, restrito aos trinta minutos regimentais. É por isso que, se não fora a urgência que o problema está exigindo, com imediatas tomadas de posição no sentido de começar-se a reprimir para evitar-se o recurso à apresentação de um aviso prévio sobre o assunto, pela generalização que permitiria do seu debate, teria aqui justificadíssimo cabimento e seria desse modo que eu gostaria de vê-lo tratado. Porém, quem ler o artigo 50.° do Regimento desta Assembleia, desde logo verifica que a técnica a que obedece a sua apresentação não serve a breveza nem a oportunidade requeridas pelo trato de certas questões, isto sem querer referir a natural impaciência dos Srs. Deputados, nem sempre predi spostos às demoras e contingências que o referido artigo autoriza.

Aliás, com o referir a problemática, por este modo não ficará prejudicada a possibilidade de a ele recorrer em momento mais azado.

Sr. Presidente: Morre-se demasiado e frequentemente nus nossas estradas!

Esta a grande e terrificante evidência, que impõe uma mobilização a escala nacional contra o acidente, cada um de nós no dever de um empenhamento consentâneo com a gravidade de tão triste situação.

Assim, a defesa do terrorismo insidioso no nosso ultramar e a emigração, se as olharmos através do desfalque de potencial humano que originam - até o próprio cancro! - tudo fica a perder de vista ante os prejuízos causados por esse derramar de sangue que todos os dias corre sobre o asfalto negro das nossas estradas, legitima-