bancário, na medida em que este não utilizou os meios de compensação ao seu dispor, por isso, o montante total desse crédito (excluído o outorgado por aquele Banco) progrediu nos primeiros oito meses de 1970 a uma taxa de 8,7 por cento, contra 9,6 no período homólogo do ano anterior.

O mercado monetário e financeiro foi acentuadamente influenciado no decurso do ano pelo ajustamento do nível das taxas de juro, a que se procedeu através da Portaria n.º 217/70, de 25 de Abril último.

Essa actualização, imposta pelo encarecimento do dinheiro no plano internacional, bem como pela necessidade de estimular a formação de poupanças e a sua mobilização para o financiamento da actividade produtiva, de acordo com uma política selectiva de crédito, reforçou a tendência, que se vinha notando desde há anos, para uma transformação acelerada de depósitos à ordem nas modalidades de a prazo e com pré-aviso. Como «e pode concluir do quadro seguinte, em que se indicam os últimos valores disponíveis para os meios de pagamento em poder do público, estes aumentaram apenas de 1,7 por cento no 1.° semestre de 1970, taxa inferior à observada mo mesmo período do ano precedente (5,3 por cento). Aquele acréscimo proveio fundamentalmente do incremento dos depósitos a prazo, que compensou a quebra ocorrida do lado das disponibilidades à vista. Ainda assim, e ao contrário do sucedido na primeira parte do ano anterior, a circulação monetária (notas e moeda metálica) elevou-se de 2,8 por cento.

Meios de pagamento

(Milhares de contos)

(a) Inclui depósitos com pré-aviso até trinta dias a outras responsabilidades a vista em moeda nacional.

(b) Inclui depósitos a prazo com pré-aviso igual ou superior a trinta dias e outras responsabilidades a prazo em moeda nacional. A emissão monetária do Banco de Portugal decresceu, como habitualmente, no período de Janeiro a Agosto mas a ritmo que excedeu sensivelmente o observado em idêntico período de 1969. A variação apurada (- 1 459 milhares de contos) ficou a dever-se, sobretudo, ao decréscimo dos saldos de depósitos de bancos e caixas económicas (- 1 166 milhares de contos) e da conta corrente do Tesouro (- 959 milhares de contos), a que se opôs o incremento das notas em circulação - 909 000 contos, contra 516 000 contos nos primeiros oito meses do ano precedente.

(Milhares de contos)

Considerando o período de doze meses terminado no fim de Agosto último, observa-se que a expansão da emissão monetária se processou a taxa inferior (6 por cento) a registada no período homólogo antecedente. Este abrandamento resultou exclusivamente da contracção das outras responsabilidades-escudos à vista, uma vez que do lado das notas em circulação o incremento excedeu o