1010-(22)
(a) Valores segundo a estatística de liquidação a excepção do Macau cujos dados são os da estatística alfandegária
(b) Inclui estimativa da balança de movimento de capitais de Macau.
(c) Para a formação destes saldos concorre, em grande parte, a diferença entre as estatísticas alfandegárias e os valores relativos as liquidações de transações comerciais.
(Saldo total em milhares de contos)
Comportamento análogo parece delinear-se no decurso do ano corrente. Em Janeiro, a balança cambial registava um saldo negativo de 515 milhares de contos, que se avolumou sucessivamente até atingir 2001 milhares de contos no fim do 1.º semestre, montante semelhante ao registado na balança de pagamentos.
A partir de Julho, porém, o saldo negativo tem vindo a reduzir-se, alcançando em Setembro 140 milhares de contos, o que revela tendência para uma situação de equilíbrio no plano das contas externas, como já se aludiu.
O déficit da balança de mercadorias, tanto da metrópole como do ultramar, tem aumentado, devido a uma expansão das importações mais acentuada que a observada nas exportações. Aliás, a aceleração das importações está relacionada com o processo de desenvolvimento em curso no País, e, portanto, um maior dinamismo nas exportações poderá moderar a evolução do déficit comercial.
Esse déficit tem sido compensado pelo acréscimo das receitas líquidas de invisíveis correntes. Na metrópole têm sido as «Transferências privadas» e o «Turismo» as rubricas com maior relevância no desenvolvimento dessas receitas. No entanto, as suas variações devem ser encaradas com reservas, atendendo às deficiências na classificação dessas rubricas, principalmente a relativa ao movimento turístico. Acresce que a evolução de tais receitas depende muito da expansão que venha a observar-se noutros países.
Quanto aos movimentos de capitais, a importância dos encargos relativos a empréstimos contraídos em anos anteriores tem vindo, naturalmente, a afectar o respectivo saldo.
III