João Duarte de Oliveira.

João José Ferreira Forte.

João Lopes da Cruz.

João Manuel Alves.

João Nuno Pimenta Serras e Silva Pereira.

João Ruiz de Almeida Garrett.

Joaquim Carvalho Macedo Correia.

Joaquim Germano Pinto Machado Correia da Silva.

Joaquim José Nunes de Oliveira.

Joaquim de Pinho Brandão.

Jorge Augusto Carreia.

José Coelho de Almeida Cotta.

José Coelho Jordão.

José da Costa Oliveira.

José Gabriel Mendonça Correia da Cunha.

José João Gonçalves de Proença.

José Maria de Castro Salazar.

José de Mira Nunes Mexia.

José dos Santos Bessa.

José da Silva.

José Vicente Cordeiro Malato Beliz.

Júlio Alberto da Costa Evangelista.

Júlio Dias das Neves.

Lopo de Carvalho Cancella de Abreu.

Luís António de Oliveira Ramos.

Luís Maria Teixeira Pinto.

Luzia Neves Pernão Pereira Beija.

Manuel Elias Trigo Pereira.

Manuel Homem Albuquerque Ferreira.

Manuel de Jesus Silva Mendes.

Manuel Joaquim Montanha Pinto.

Manuel Marques da Silva Soares.

Manuel Martins da Cruz.

Manuel Monteiro Ribeiro Veloso.

Manuel Valente Sanches.

Maria Raquel Ribeiro.

Maximiliano Isidoro Pio Fernandes.

Olímpio da Conceição Pereira.

Pedro Baessa.

Prabacor Bau.

Rafael Ávila de Azevedo.

Rafael Valadão dos Santos.

Ramiro Ferreira Marques de Queirós.

Raul da Silva e Cunha Araújo.

Bui de Moura Ramos.

Sinclética Soares dos Santos Torres.

Teodoro de Sousa Pedro.

Tomás Duarte da Câmara Oliveira Dias.

Víctor Manuel Pires de Aguiar e Silva.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 93 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 15 horas e 45 minutos.

O Sr. Presidente: - Devido à solenidade e importância da matéria dada para ordem do dia, não haverá período de antes da ordem do dia. Vamos entrar imediatamente na

O Sr. Presidente: - Evocação da figura e obra do Presidente Salazar.

Srs. Deputados: Não seria facilmente entendido, nem decerto bem aceite pela proporção enorme dos portugueses que lhe tributavam aplauso ou estima, faltar à memória do Presidente Salazar o preito declarado da Assembleia Nacional, logo que se reunisse após a passagem de tão grande homem ao repouso eterno.

Foi, pois, na certeza de apenas me adiantar ao movimento natural das razões e das sensibilidades, certeza prontamente confirmada por quantos de VV. Ex.as me ouviram o propósito, que destinei a sessão de hoje, primeira depois de nos organizarmos para novo ano de trabalhos, a evocar a pessoa e a obra do estadista definitivamente entrado nos umbrais da História.

Convidando a Assembleia a deter-se na lembrança dele, na reverência dos talentos ainda sob a emoção do afastamento final, não peço tanto para acrescentardes novos traços à figura luminosamente gravada nos cérebros e nos corações quanto espero ouvir, de vozes provindas de tão diversas partes do território como de caminhos distintos da vida, desdobrar as razões de lhe guardarmos respeito e rendermos agradecimentos.

Quando muitíssimo esta já dito, e por certos tão bem dito, e só falta o recuo do tempo para lhe escrever indelevelmente o nome entre as glórias perenes da Pátria, calarmo-nos sobre Salazar não lhe empanaria, porventura, os créditos, mas diminuiria os nossos pela falta ao dever de atestarmos o que é verdadeiramente sentimento e voz da Nação!

Sentimento que aliás vimos exprimir-se, espontâneo, puro e intenso, na concorrência permanente, noite e dia, sob as abóbadas lusitaníssimas dos Jerónimos; no silêncio respeitoso da Praça do Império, coalhada de gente naquela manhã de 30 de Julho; entre os pinhais e olivedos circundantes do sereno cemitério do Vimieiro, invadidos de multidão entristecida; na multiplicação dos sufrágios religiosos devotadamente concorridos; nos ecos das comunidades distantes; mas que em momento algum me repassou tanto como quando o vi manifestado por grupos de moradores de bairros dos mais desfavorecidos de Lisboa, que ao caminho do comboio fúnebre vieram afirmar, ostentando bandeiras de comovedores dizeres, a saudade que ofereciam ao homem incansavelmente aplicado ao bem da sua terral Porque se dirigiam a um morto e se moviam no anonimato, de nenhum desses se dirá que os engodava algum prémio; por serem tantos, que os impeliam constrangimentos; por virem com sacrifício de corpos ou de tempo, que os trouxera a mera curiosidade. Não! Era verdadeiramente o País, tocado no fundo da alma colectiva, que chorava o mais lúcido, o mais esforçado, o mais prudente, o mais isento, o mais animoso, o mais integralmente dedicado dós servidores que de todos os tempos conhecera!

Desde essa comoção correram meses; antes, a longa doença dera tempo a sedimentarem paixões; a Assembleia pode com alguma serenidade deter-se sobre a obra, que o consenso do povo já o conhece.

Mas, neste acto, também, eu desejo fazer o meu depoimento. Depoimento como poucos aqui, poucos já no País, podem prestar em iguais termos, pois é o de quem cresceu na vida enquanto Salazar crescia na autoridade, e assim observou por si mesmo, o que é bem diferente de ouvir dizer, os progressos do arrebatamento que ia tomando as almas generosas da juventude, como o larguíssimo sector da opinião cansado do descalabro político, na aprovação continuada de uma chefia inovadora o eficiente.

Eu era, com efeito, apenas estudante, mas já universitário, quando Salazar tomou posse de Ministro das Finanças; e revivo ainda plenamente a enlevada surpresa com que no dia imediato comentávamos à saída