Quanto evolução entre os 1.ºs semestres de 1969 e 1970, verifica-se pelo quadro XII que sã deu uma forte deterioração dos resultados da balança de pagamentos externos da metrópole: de um saldo positivo total de 1 273 milhões de escudos passou-se a um negativo de 2 158 milhões, em consequência do acréscimo do déficit com o estrangeiro (2 285 milhões) e do decréscimo do excedente sobre o ultramar (1 146 milhões).

Em termos das grandes categorias de operações, conclui-se que a determinante principal da referida deterioração foi o acréscimo do saldo negativo de mercadorias (2 824 milhões de escudos), porquanto o déficit das operações de capitais ainda se reduziu de 518 milhões e o superavit dos "Invisíveis correntes" baixou de 1205 milhões.

Quer dizer: ao sensível efeito expansionista que sobre os meios de pagamento internos em circulação na metrópole exercera a referida balança, ma primeira metade do ano passado, contrapôs-se, em igual período do corrente ano, um acentuado efeito de contracção, o que concorreu, obviamente, para diminuir a liquidez real da economia metropolitana.

Poderá supor-se, tendo em consideração o que antes se anotou acerca da balança de pagamentos da zona do escudo e da balança de pagamentos interterritoriais da metrópole, que a situação da balança de pagamentos externos haja melhorado na segunda metade do ano, mas sem, todavia, se aproximar dos resultados obtidos em 1969.

Balança de pagamentos externos da metrópole Dada a importância relativa do comércio da metrópole na sua balança de pagamentos externos, quer na formação dos saldos globais em cada período, quer nas flutuações desses resultados, justifica-se uma apreciação da evolução recente desse comércio, seguindo agora as estatísticas alfandegárias (importações valor C. I. F.; exportações valor F. O. B.) publicadas pelo I. N. E. Aliás, no relatório da proposta de lei presta-se particular atenção a essa evolução das transacções comerciais da metrópole com o estrangeiro e o ultramar.

Como se depreende do quadro XIII, o volume global das transacções cresceu fortemente entre 1968 e 1969 - de 55,8 para 61,8 milhões de contos -, correspondendo 8,4 milhões ao acréscimo das importações e 2,6 milhões ao das exportações. Deste modo, o déficit prosseguiu no ano findo o movimento ascensional, subindo de 11,9 para 12,7 milhões de contos.

Para o aumento das importações contribuíram principalmente as compras ao estrangeiro, pois que as importações do ultramar apenas se elevaram de 257 milhões de escudos. E o acréscimo das compras ao estrangeiro correspondeu, praticamente, dividido em partes quase iguais, aos países da A. E. C. L. (+ 1 501 milhões de escudos) e aos da C. E. E. (+ 1 443 milhões), porquanto a