diminuição das importações dos Estados Unidos e Canadá (689 milhões) em pouco foi ultrapassada pêlos aumentos referentes ao Japão (850 milhões) e aos outros países (443 milhões).

Quanto ao acréscimo das exportações, também a maior fracção respeitou às operações com o estrangeiro: as vendas para o ultramar apenas aumentaram 605 milhões de escudos. Mas nas exportações para o estrangeiro, o acréscimo das vendas para os países da A. E. C. L. (+1508 milhões de escudos) foi quase o dobro do das exportações para os países da C. E. E. (765 milhões), sendo de pequenos montantes as variações das operações com os "Outros países europeus da O. C. D. E.", os Estados Unidos e Canadá e o Japão. Salienta-se, entretanto, a quebra das exportações (354 milhões de escudos) para os restantes países.

Comércio especial por zonas monetárias

A mencionada expansão das trocas comerciais prosseguiu no ano corrente, parecendo, até, que se haveria intensificado, a avaliar pêlos dados respeitantes aos períodos de Janeiro-Agosto de 1969 e 1970. Contudo, para tal expansão o contributo do incremento das importações (cerca de 7,4 milhões de contos) mostrou-se agora muito mais quantioso que o das exportações (que em pouco excedeu l milhão).

A este propósito, comenta-se no relatório da proposta de lei:

A tendência das importações [...] dificilmente se apreende na parte intermédia do ano, já porque a sua distribuição mensal tem variado amplamente de ano para ano, já porque razões de ordem estatística têm ocasionado divergências consideráveis entre os dados provisórios publicados mês a mês e os dados definitivos apurados em relação ao total do ano.

Não se afigura, contudo, que eventuais deficiências de notação estatística, reflectidas sobretudo nos valores das importações, sejam suficientes para se admitir que, na realidade, a subida do déficit haja sido muito inferior à que se infere dos elementos publicados: de um saldo negativo de 8,9 milhões de escudos em Janeiro-Agosto de 1969 para um outro de 10,2 milhões em idêntico período do corrente ano.

A aludida expansão das importações - que, segundo o relatório da proposta de lei, terá advindo "fundamentalmente do maior dinamismo da actividade económica no ano em curso", mas em que, ao que se pensa, também se haverão reflectido, sensivelmente, quer as altas de preços nos mercados externos, quer a insuficiência relativa do crescimento do produto interno - proveio, em particular, dos aumentos de compras aos países da C. E. E. (2 161 milhões de escudos) e da A. E. C. L. (,1 529 milhões), a que se seguiu o das importações dos Estados Unidos e Canadá (1 291 milhões).

Pelo que toca às .exportações, o aumento entre os citados, períodos de 1969 e 1970 dividiu-se, em partes de valor muito próximo, pelas províncias ultramarinas (+ 526 milhões de escudos) e pelo estrangeiro (+ 478 milhões). Be .notar, ainda, que nas vendas para o estrangeiro o acréscimo das exportações para os países dá C. E. E. (quase 400 milhões de escudos) foi em grande parte compensado pelo decréscimo das vendas para os da- A. E. C. L. (288 milhões), pelo que mais avulta a elevação das exportações para os países não membros da O. C. D. E. (cerca de 230 milhões de escudos). Em virtude das variações dos montantes das operações comerciais antes referidas, a taxa global de cobertura das importações pelas exportações elevou-se um pouco entre 1969 e 1970 (de 64,7 para 65,8 por cento), mais por efeito das transacções com as províncias ultramarinas do que das efectuadas com o estrangeiro. Mas, conforme se verifica no quadro XIV, essa taxa de cobertura decaiu nitidamente entre- os períodos de Janeiro-Agosto de 1969 e 1970, passando de 78,5 pára 59,6 por cento.