Comércio especial da metrópole Observando a decomposição, por secções da pauta aduaneira, do comércio especial da metrópole, conclui-se, nomeadamente, sobre as anotadas variações entre os períodos considerados: Nas importações, os maiores acréscimos em valores absolutos, que se verificaram entre 1968 e 1969, corresponderam a "Máquinas ,e aparelhos; material eléctrico" (quase 970 milhões de escudos), a "Material de transporte" (pouco mais de 900 milhões), a "Metais comuns e respectivas obras" (678 milhões), a "Produtos das indústrias químicas e outras conexas" (680 milhões), a "Produtos do reino vegetal" (510 milhões) e a "Matérias têxteis e respectivas obras" (cerca de 400 milhões), ou sejam, principalmente, equipamentos, matérias-primas e produtos alimentares. Quanto à expansão entre os períodos de Janeiro-Agosto de 1969 e 1970, os mais avultados aumentos deram-se, ainda, em "Máquinas e aparelhos; material eléctrico" (quase 1600 milhões de escudo"), "Metais comuns e respectivas obras" (pouco menos de 1000 milhões), "Produtos minerais" (cerca de 970 milhões), "Material de transporte" (809 milhões), "Pérolas naturais, gemas, etc." (798 milhões, em que predominam os diamantes), "Produtos das indústrias químicas e outras conexas" (522 milhões) e "Matérias têxteis e respectivas obras" (481 milhões). Nas exportações, e (relativamente à expansão entre 1968 1969, salientam-se os aumentos de vendas de "Matérias têxteis e respectivas obras" (672 milhões de escudos), de "Máquinas e aparelhos; material eléctrico" (431 milhões), de "Pérolas naturais, gemas, etc." (410 milhões) e de "Matérias-primas para o fabrico de papel" (358 milhões). Entre os períodos de Janeiro-Agosto de 1969 e 1970, sobressai a quebra de quase 860 milhões de escudos nas vendas de "Pérolas naturais, gemas, etc." (em que pesam especialmente, como se disse, os diamantes), quebra que naturalmente influiu sensivelmente na variação do total das exportações; e nos acréscimos são de mencionar os de "Máquinas e aparelhos; material eléctrico" (324 milhões), de "Produtos das indústrias químicas e outras conexas" (278 milhões), de "Produtos minerais" (254 milhões) e de "Matérias têxteis e respectivas obras" (245 milhões). Os meios de pagamento e o marcada monetário A partir de quadros onde se agregam as posições de todas as instituições do sector monetário da estrutura bancária metropolitana (o Banco de Portugal, os bancos comerciais, casas bancarias e instituições equiparadas, a Caixa Geral de Depósitos e as caixas económicas), eliminando os saldos de contas recíprocas entre essas instituições, tem o Banco Central vindo a determinar os montantes dos meios totais de pagamentos internos e seus factores de variação.

Pelo quadro XV, em que se indicam os dados referentes ao último triénio, verifica-se que a expansão do stock monetário continuou no ano findo, mais acentuada até do que no ano anterior: a taxa de aumento subiu de 18,3 por cento em 1968 para 17,8 por cento em 1969. Mas, enquanto em 1968 a parte principal do acréscimo de 15,4 milhões de contos respeitou aos "meios quase imediatos de pagamento" (em que predominam os depósitos a prazo superior a cento e oitenta dias), no ano passado a maior representação no aumento de 22,7 milhões de contos correspondeu aos "meios imediatos de pagamento" (em especial aos depósitos à ordem ou com pré-aviso até trinta dias e outras responsabilidades a vista em escudos).

De entre os factores da referida expansão do stock monetário global, salientou-se ainda mais em 1969 do que um ano antes o incremento do crédito bancário outorgado. De facto, ao passo que em 1968 se conjugaram acréscimos de 11067 e 4924- milhões de escudos, respectivamente no saldo total do crédito bancário e nas disponibilidades líquidas em ouro e divisas, no ano findo o aludido saldo do crédito bancário subiu de 18 758 milhões, contra um acréscimo de 2 269 milhões apenas nessas disponibilidades cambiais.