netória total se elevou em 1969 de 9 420 milhões de escudos, ou seja um pouco mais do que em 1968. Mas enquanto neste ano o principal factor do acréscimo foi de longe a reserva de ouro e divisas, visto o saldo do crédito bancário concedido não haver aumentado 100 milhões de escudos, no ano passado a subida deste crédito bancário (2 287 milhões) ultrapassou a daquela reserva (1892 milhões).

No corrente ano, no fim do 1.° trimestre, a emissão monetária do Banco acusou uma quebra de 2 570 milhões de escudos, contra uma outra de 708 milhões em igual período de 1969. Mas esta acentuação do movimento de contracção deveu-se muito mais à da descida da reserva de ouro e divisas (1 256 milhões) que à correspondente ao saldo do crédito distribuído (850 milhões).

Durante o 2.° trimestre do ano, em consequência do alargamento da procura líquida de crédito junto do Banco, a situação modificou-se um tanto: no final do semestre, a contracção da emissão monetária ainda atingiu 2 308 milhões de escudos (quando um ano antes apresentara urna subida de 80 milhões), mias devido, em especial, à continuação da quebra dá reserva de ouro e divisas, pois que o decréscimo do saldo do crédito já se reduzia a 94 milhões de escudos.

Bem mais consideráveis vieram a ser as alterações durante o 8.° trimestre. Efectivamente, dos dados do quadro XVII deduz-se que a emissão monetária do Banco aumentou 450 milhões de escudos no período de Janeiro-Setembro de 1970, quando em igual período de 1969 se elevara de 1898 milhões. Todavia, se neste período a reserva de ouro e divisas averbara um aumento de 629 milhões, no corrente ano revelou uma diminuição de 182 milhões; e, no tocante ao saldo do crédito bancário, o aumento no dito período de Janeiro-Setembro de 1970 totalizou 1 232 milhões de escudos, contra 1 034 milhões um ano antes.

Quer dizer, portanto, que o Banco de Portugal não aplicou uma política, de restrição quantitativa do crédito, mês também não procurou substituir-se às outras instituições, até porque, como subsequentemente se comprovará, estas não se apresentavam, consideradas no seu conjunto, incapazes de satisfazer uma procura razoável de fundos a curto e médio prazos. Seguindo, ao que tudo leva ia supor, os ditames de uma "política selectiva de crédito bancário" na apreciação das propostas de operações pelas outras instituições bancárias, o Banco Central foi actuando de acordo com as circunstâncias da conjuntura do mercado e -0001 as flutuações, por vezes algo extraordinárias, da procura de liquidez pelas mesmas instituições.

Repare-se, a este propósito, que o volume total de operações die desconto indirecto e de empréstimos caucionados se elevou de 87,8 milhões de contos para 42 milhões de contos entre os períodos de Janeiro-Setembro