Entre os 1.º semestres de 1969 e 1970 prosseguiu o movimento ascensional de actividade nas bolsas, se bem que a cadência menos rápida do que entre 1968 e 1969.
De notar também que o montante global das transacções de títulos realizadas fora das bolsas quase duplicou entre 1968 e 1969, reduzindo-se, porém, entre os 1.º semestres do ano passado e do corrente ano.
A avaliar pelas variações dos índices médios dos períodos de Janeiro-Agosto de 1969 e 1970, a subida das cotações dos títulos de rendimento variável prosseguiu, e até se intensificou, no ano corrente, mas agora abrangendo todas as classes de títulos.
(Base: 30 de Junho de 1950-100)
Ao contrário, os índices de cotações dos títulos de rendimento fixo decaíram de 1968 para 1969 e, mais sensivelmente ainda entre os ditos períodos de Janeiro-Agosto de 1969 e 1970, comportamento que fundamentalmente decorre do efeito de mais elevadas taxas de juro das novas obrigações emitidas sobre as cotações dos títulos antes colocados no mercado e em circulação.
Consequentemente, o excesso do valor dos contratos sobre o dos cancelamentos de hipotecas aumentou de 2092,1 milhões de escudos em 1967 para 2848,6 milhões em 1968 e 3 711,4 milhões no ano passado. E entre os 1.° semestres de 1969 e 1970 o dito excesso voltou a aumentar de 1 634,4 para 1 848,5 milhões de escudos.
Estes valores suo perfeitamente elucidativos das dimensões adquiridas por este sector do mercado de capitais e, bem assim, da tendência para o seu crescimento