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Para melhor elucidação do comércio externo, desdobram-se no quadro infra os saldos do último triénio, de forma a poder avaliar-se, na sua composição, a importância relativa daquelas três zonas estatísticas de intercâmbio e dos fornecimentos h navegação marítima, constantes da coluna «Diversos».

Verifica-se, pois, um agravamento da taxa de cobertura das importações e exportações em relação ao período anterior. Com efeito, o valor das exportações representou, no ano de 1969, cerca de 64,48 por cento das importações,

quando esta mesma relação atingira no ano antecedente 65,58.

Importa, entretanto, empreender uma análise, ainda que sumária, da composição geográfica dos mercados onde se localizaram as aquisições da província, assim como daqueles onde foi encontrada colocação para os seus produtos.

Uma primeira apreciação revela que não se processou qualquer modificação tangível na estrutura do comércio da província, devendo, no entanto, salientar-se u m agravamento do déficit no comércio especial com a metrópole e estrangeiro.

Assim, a metrópole contribuiu com 81,2 por cento do valor das aquisições externas da província, cabendo 65,6 por cento ao estrangeiro e 8,2 por cento ao ultramar; por outro lado, do quantitativo das exportações provinciais 41,1 por cento e 5,3 por cento encontraram, respectivamente, colocação na metrópole e nas outras províncias ultramarinas, enquanto os restantes 58,6 por cento foram adquiridos por diversos países estrangeiros.

O mapa que segue apresenta-nos os saldos negativos e positivos da balança comercial, respectivamente com a metrópole, ultramar português, estrangeiro e diversos países não conhecidos:

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Todavia, considerando mais detidamente a composição dos saldos comerciais registados nos anos de 1968 e 1969, verifica-se:

a) Em 1968, do desequilíbrio global cifrado em 2 819 965 contos, 627 607 contos e 18 847 contos representam, respectivamente, os resultados negativos do comércio de Moçambique com a metrópole e o ultramar português e l 778 933 contos o déficit do intercâmbio com o estrangeiro;

b) Em 1969 o panorama agravou-se, pois os resultados negativos apurados, para um déficit global de 3 409 958 contos, foram, respectivamente, de 658 895 contos com a metrópole, 21553 contos com o ultramar e 2 840 268 contos com o estrangeiro. Como mostra o quadro que a seguir se insere, em que se discriminam, por classes pautais, as mercadorias importadas no último biénio, o acréscimo do valor importado em 1969 explica-se especialmente pela maior importação de material de transporte; máquinas, aparelhos e material eléctrico; produtos das 'industrias químicas e metais comuns e respectivas obras. Do conjunto das importações salientam-se acentuadamente os materiais de transporte (86,8 por cento), máquinas e aparelhos, material eléctrico (19,6 por cento), produtos das indústrias químicas (14,9 por cento) e metais comuns e respectivas obras (10,9 por cento). Estas secções da Pauta totalizam mais de metade das importações, ou seja, 82,2 por cento do valor global destas.

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