gue - com prejuízo dos sacrificados fornecedores -, a fachada de certas organizações que outro fim não têm que o de salvaguardar os interesses do aparente falido, que após o transe da sua desgraça, se reproduz cheio de vigor e arrogância, quantas vezes defrontando uma das suas sacrificadas vítimas.

Isto são verdades, precisamos de lhes por cobro, caso contrário, não valerá a pena ter fé, nem esperar por melhores dias.

Posto isto, que anais poderei invocar, encaminhando-me de novo para o distrito de Braga?

A solução, se não total, parcial destas e de outras prementes e indispensáveis reformas, que possibilitem a uma concretização eficiente das empresas existentes, incentivando-as à evolução dimensional e técnica, de modo a que, vencendo as dificuldades de hoje, possam encarai-as exigências de uma integração económico-social que por dever e exigência internacional não podemos evitar.

Aliciamento de trabalhadores através de uma melhor preparação profissional, com consequente remuneração justa;

Adopção de culturas adequadas à região, com a certeza de as produções poderem ser estimuladas, pela garantia de preços rentáveis, através de organismo coordenador, que, por si ou através de cooperativas industrializadas, obtenham com o aproveitamento, aplicação e conserva a necessária compensação;

Gastam-se milhões em fomentar culturas que raras vezes se efectuam, verbas desviadas para outros fins, sem que a quem de direito, e esse é o maior número, se lhes assegure o mínimo que lhes justifique o esforço de um trabalho sério e de limitada compensação;

Por último, está o Governo empenhado em prosseguir mima política de valorização nacional, ninguém por certo duvidará; há no entanto que nos aproximarmos mais em sentimentos e acções, e a partir daí, em conjugação de esforços, muito poderemos fazer, caso contrário, como poderemos obter a nossa paridade de condições gerais de vida, ao ter de enfrentar os nossos parceiros da Europa, que em devido tempo souberam transpor com serenidade e oportunidade as barreiras que agora em curto espaço de tempo nos são impostas?

Invocadas estas indispensáveis e esclarecedoras considerações, entendo que fundamentalmente todos estamos conscientes do caminho que pretendemos seguir, e, se queremos conferir ao distrito de Braga o direito de contribuir paro o enriquecimento do País, através de uma autêntica acção e adopção de indústrias válidas orientadas para enfrentar as exigências dos mercados mais evoluídos nacionais e estrangeiros e conscientes de uma próxima integração económico-social, proponho que, em relação às apreciações a que me reportei, sejam, apreciadas as seguintes sugestões, como medida de solução, se não total, pelo menos parcial.

Aspecto social. - Educação e formação profissional: impõe-se a criação de escolas técnicas, que conjuguem através de uma formação teórica e prática, respectivamente ministrada na escola e na empresa, com adaptação pessoal e profissional ao longo da sua formação geral com evolução natural de mentalizarão ao sector, evitando-se os habituais complexos de uma errada orientação social inadequada ao aproveitamento da participação humana na valorização económico-social da empresa, com reconhecida insatisfação para o profissional e empresário.

Aspecto corporativo. - Impõe-se adopção de sistema coordenador que,- integrado na actividade, tenha acção clara e eficiente, suprimindo- o excesso de burocracia, anomalias e despesas apontadas.

Sugiro um único grémio, como medida que se me afigura eficiente; no entanto, na sua impossibilidade; uma federação têxtil, esta como segunda solução, uma vez que enfermará de idêntica diversificação, se bem que coordenadora e soberana, subsistindo o encargo dos agremiados perante os diferentes grémios.

Suponho que, em relação nos sindicatos, poderiam ser fundidos num só, visto que a circunstância, de agora representarem diferentes actividades profissionais em nada os diminui, adoptando uma acção comum, ainda mais reforçada.

Com isto contribuir-se-ia mão só para a simplificação da sua acção e representação, supressão de burocracia, como pana uma maior e eficiente união dos trabalhadores.

Vias de comunicação. - Neste premente e complementar elemento de estruturo de desenvolvimento económico da região não pode o Norte permitir que a prometida construção da auto-estrada do Minho-Porto-Famalicão-Gruimarães-Braga seja protelada, e isto não por uma questão de bairrismo, mas sim de extrema necessidade, pois já de momento estão seriamente afectadas por saturação es ligações com os centros principais, nomeadamente os partos marítimos e Aeroporto dos Pedras Rubras.

Insisto no aeroporto, pois não poderá, nos dias de hoje, haver turismo sem que este elementar factor seja proporcionado ao turista.

De resto, fundamenta-se esta exigência, mesmo sem turismo, porquanto é reconhecido que o seu movimento anual justifica amplamente esta aparente exigência nortenha em querer emparceirar neste campo com aqueles centros de aspecto congénere,- que - como nós pretendemos - avançaram em toda a linha na adopção das infra-estruturas básicas ao desenvolvimento de um centro de reconhecida importância, que é o de todo o Norte e Centro do País.

Finalizando, resta-me acrescentar que procurei ser o mais claro e breve possível e que o meu desejo se limita