Alojamento em prédio 2 201 041

Residenciais 103

Outros não especificados 178

Outros não especificados 428

Se por «alojamento» se entender, como o define o instituto Nacional do Estatística, «todo o local, qualquer que fosse a sua natureza, destinado a morada ou utilizado como abrigo de pessoas», haveremos de reconhecer que:

618 agregados domésticos do continente e ilhas adjacentes não dispunham no tempo, «qualquer que fosse a natureza», de «abrigo de pessoas»; e

31 150 agregados outros tinham «alojamento sem ser em prédio», isto é, «quando o local utilizado se encontrasse em recintos de expediente, tais como barracas, grutas, tendas, embarcações não destinadas a transportes do passageiros com alojamentos próprios, veículos diversos (reboques e similares), etc.

Mas não seriam apenas esses os únicos agregados domésticos mal ou deficientemente alojados:

89 797 outros, «multifamiliares», habitavam «alojamentos unifamiliares ou fogos», por estes se devendo entender «o que fosse destinado (por construção, transformação ou adaptação) à morada de uma só família».

Isto é, do total du 2 356 982 «famílias» (5) que o censo de 1960 recenseou, compondo 2 282 818 «agregados domésticos uni ou multifamiliares», apenas 2 110 600 estariam habitando um «fogo» ou «alojamento unifamiliar», donde uma diferença de perto de 250 000 (mais precisamente 346 382 famílias) não alojadas em locais que se destinassem h morada de uma só família.

Agravara-se assim em cerca de 40 000 famílias as deficientemente alojadas em termos de habitação unifamiliar.

[Predominavam os «sem alojamentos» nas zonas rurais, distribuíam-se sensivelmente entre os dois mundos (rural e urbano) as os alojados «sem ser em prédio», dominavam as famílias partilhando um mesmo «fogo» concebido para «morada de uma só família» sobretudo em «centros urbanos»1 ou nos arrabaldes das grandes cidades.

Vários eram os agregada; - uni e muitifamiliares -, vivendo no mesmo local por motivo de vida em família, com 20 e mais pessoas, por exemplo, com alojamento em prédio de número reduzido do divisões:

Com l divisão - 13 agregados.

Numerosos outros casos similares com apenas algumas mais divisões ou um pouco menos de pessoas foram igualmente recenseados, aliás em muito maior número.

1 A distribuição era a seguinte:

[... ver tabela na imagem]

Nesta, data (1960), do total de 2 111 244 agregados domésticos unifamiliares - famílias - com alojamento em prédio existiam:

[... ver tabela na imagem]

Ainda subsistia um número de agregados domésticos unifamiliares sem cozinha e instalações sanitárias de montante sensivelmente igual no de dez anos atrás: 65 000 a 70 000 famílias.

Mesmo entre aqueles que viviam nestas melhores condições habitacionais, apenas 18 por cento dispunham de cozinha, retrete e casa de banho conjuntamente - 82 por cento, ou l 740 776 agregados domésticos unifamiliares, haveriam de tomar banho, porventura, que não em divisão própria. A recuperação, apenas em numerou relativos, aliás, apesar de notório, é manifestamente insuficiente para dotar, em tempo útil, os lares metropolitanos das indispensáveis casas de banho.

Não dispondo de instalações próprias poro as suas necessidades fisiológicas (retretes) encontravam-se 59 por cento das mesmas famílias. Também aqui a recuperação é apenas percentual e reduzida, para resolver a contento o problema das dejecções humanas: 1 257 941 agregados domésticos unifamiliares não dispunham, em 1960, de retrete.

Nesta mesma data eram os seguintes os agregados domésticos unifamiliares:

[... ver tabela na imagem]

Crescera de 250 000 o número de famílias que passara n desfrutar de água canalizada, mas faltava servir mau 1,5 milhões de agregados domésticos unifamiliares. Aumentara de 150 000 as com esgotos ligados à rede pública (permanecendo sensivelmente constantes as com esgotos ligados à fossa), mas restava ainda servir 1,8 milhões de agregado» domésticos. Elevara-se de 880 000 o número de fogos servidos com electricidade, mas montante sensivelmente idêntico ao anterior, 1,8 milhões, ainda em 1960 não dispunha de electricidade.

Desejar-se-ia rectificar a informação trazida a esta Assembleia com dados mais actualizado», pausados que vão já dez anos sobre o último inquérito as condições de habitações em Portugal (continente e ilhas adjacentes). Haverá que aguardar, no entanto, os resultados do novo recenseamento e inquérito habitacional, cumprido no ano findo, para que actualizar se possa com veracidade os dados ora apresentados.

A evolução deverá ter sido apreciável em certos aspectos, de que pode ser exemplo, ao que cremos, o número de famílias servidas de electricidade, s avizinhar-se, porventura, de 1,5 milhões de famílias, ou quase 60 por cento do total.

Noutros, o progresso o ao terá eido tão apreciável, o que bem se compreende e aceita até pelas fracas disponibili-