vidas ou abater perigosas tendências, para noa congregarmos à volta daquele que, com a maior simplicidade, patriotismo e completa doação, se votou ao nobre serviço do interesse nacional.

Vozes: - Muito bem!

O Orador:-Marcelo Caetano, ao definir uma linha política de actuação, demonstrou, bem cabalmente, que tudo e todos temos de sacrificar a uma política verdadeiramente nacional.

Esquerdas e direitas não têm sentido, quando a política a realizar, uma obra a fazer é, verdadeiramente, nacional.

Somos dos que estamos com Marcelo Caetano, porque fazemos parte daquelas portugueses que, com ele, estão empenhados em colaborar no bem nacional em que todos estamos - porque devemos estar à luz de imperativo dá consciência lusa- empenhados na construção do futuro eterno de Portugal.

O orador foi cumprimentado.

Q Sr. Ricardo Horta: - Sr. Presidente e Srs. Deputados: É esta Assembleia sensível e está sempre atenta aos acontecimentos que, de qualquer forma, possam interessar o País ou o bem-estar dos populações que superiormente representa.

Estou certo de que cabe órgão político deseja manifestar a sua emoção, deseja divulgar o seu acordo, deseja prestar homenagem, ao notável discurso proferido na capital do Norte pelo grande português que ò o Chefe do Governo.

Foi o seu magnífico discurso claro, sereno

Com o seu notável saber descreveu o Sr. Presidente aã linhas mestras do seu programa de acção e do seu pensamento.

Fez uma verdadeira síntese de todas as suas preocupações e trabalhos ao serviço da Nação. Descreveu com a suo habitual lucidez e elevação os itinerários a percorrer paira que a Nação viva num clima de direito e de humanidade sem distinções de qualquer espécie.

Pela primeira voz lamentei não ser um homem do Norte, pois só isso mo impediu de ter estado presente na jornada política que, em ã de Abril, levou ao Porto o Sr. Presidente do Conselho.

A ter de ser classificado este discurso, eu gostaria de o definir como um discurso de certezas.

Admirámos nele a forma lapidar de expressão a que nos habituou ha muito o Sr. Presidente do Conselho.

A clareza dos conceitos, denunciando a longa meditação de todos os problemas, impõe-se-nos, como sempre.

Mós, para além de tudo, permitam V. Ex.ª que ponha em relevo o que ele exprime de segurança e de serenidade de um Chefe que não hesita em comandar, exigindo, por direito, disciplina, porque não esquece que, como noutro discurso então pronunciado se disse, aquele coexiste com um dever de guiar o País, dever que por ele é cumprido som hesitações.

Permitamo-nos alimentar a esperança de que jornadas políticas como esta possam ser repetidas e que outros regiões do País beneficiem, além da divulgação da palavra de ordem, do contacto directo com alguém, que será sempre bem-vindo a todos os recantos de Portugal.

O orador foi cumprimentado.

O Sr. Presidenta: - Vamos passar à

Início da discussão da Conte, Geral do Estado de 1960.

Tem a palavra o Sr. Deputado Roboredo e Silva.

O Sr. Roboredo e Silva: - Sr. Presidente: Tal como em 1970 os minhas primeiros palavras terão de ser para o nosso distinto colega Sr. Engenheiro Araújo Correia, a quem renovo as minhas saudações de muito apreço e consideração, pelo seu precioso trabalho de tantos anos, sempre com a mesma vivacidade, persistência, profundidade e total e inteligente devoção, sobre a apreciação das contas públicas. Penso que o Sr. Deputado Araújo Correia preenche nesta Câmara um lugar insubstituível.

Ainda navegando nas mesmos águas de 1970 - ou eu não fosse marinheiro - debruçar-me-ei fundamentalmente sobre os meamos pontos que sublinhei DO amo passado e que são: Despesas militares, designadamente as extraordinárias; Marinho, mercante nacional.

É natural que a apreciação destes dois pontos me leve a uma ou outra deambulação - esforçar-me-ei por mão sor deambulação longo -, pois não quero perder a oportunidade ide abordar alguns assuntos que, em meu juízo, considero de interesse nacional.

Ocorreu ultimamente um facto que merece particular relevo e que por vir ao encontro do que insistente e talvez até um tonto rudemente tenho dito nesta Assembleia sobre austeridade e gastos supérfluos da Administração, neste momento tão sério que a Nação enfrenta, e que não será exagero considerá-lo dos mais graves da sua historia, não posso deixar de agora referir: reporto-me à visita de trabalho ido Sr. Presidente do Conselho a província de Cabo Verde.

Creio que a simplicidade de que se revestiu, sem numerosos acompanhantes, ao contrário do que é frequente, sem festas nem banquetes, que custam muito dinheiro e vão perturbar o trabalho normal de cada dia, quando todas as horas não poucas para se recuperarem atrasos de muitos anos, constitui exemplo saneador, que não pode nem deve deixar do ser seguido para o futuro. E seguido lá e cá.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Compreendo n conveniência, direi a necessidade, de deslocações dos Ministros os diferentes parcelas do território português; julgo até que os titulares de todas as postas deveriam visitar o ultramar, mas sempre, mesmo os que com ele tenham menos ligações, com naturalidade, discrição e economia, perturbando o menos possível o trabalho quotidiano local, desde o das altas autoridades até ao do próprio povo. Todos saberão assim apreciar bem anais os visitantes e tributar-lhes o seu apreço com a espontaneidade Mo sincera dos sentimentos portugueses, como agora se verificou em Cabo Verde, nas calorosas manifestações em que focam envolvidos os Srs. Presidente do Conselho e Ministro do Ultramar.

Aqui presto a SS. Ex.ª a minha homenagem e o meu reconhecimento, além do mais até por, de alguma forma, ter"m ido ao encontro d e solicitações que aqui tenho feito.

Desejo ainda renovar anteriores pedidos para evitar o contínuo encarecimento de tudo o que é essencial ao consumo, congelando, por prazo razoável a fixar, preços e salários e refreando desta forma, em boa porte, a inflação,