O exame superficial das cifras do quadro revela a importância das consignações de receitas (l 808 800 contos) em 1969. A acentuação da receita deste capítulo deriva do contínuo aumento de diversos fundos, como se verificará adiante. Na verdade, partindo de pouco mais de 69 000 contos em 1938, atingiu-se cifra a caminhar para os 2 milhões de contos.
Quase todos os outros capítulos melhoraram a sua receita, com excepção do dos rendimentos de capitais, que em 1969 manteve a cifra do ano anterior, à roda de 260 000 contos.
Esta cifra tem-se mantido com ligeiras alterações, que nunca atingiram 5 por cento. A seguir discrimina-se a sua influência:
Em 1969 os impostos directos atingiram soma próxima da de todos os impostos, excepto os indirectos - 7 330 800 contos, contra 7 411 200 contos.
Milhares de contos:
Impostos directos 7 330,8
Impostos indirectos 9 889,3
Outras receitas 7 411,2
Total 24 631,3
Parece estar em vias de ser remodelada em bases mais consentâneas com as actividades modernas a classificação dos impostos. A estrutura da Conta seria profundamente alterada.
Depois de alterações aparentes no quadro a seguir, a posição dos dois torna a aproximar-se em 1969:
Anos Taxas Domínio privado Rendimento de capitais Reembolso e reposições Consignação de receitas
Os três capítulos orçamentais produziram 18 666 300 contos em 1969, um pouco mais de três quartas partes do total.
O alto índice dos rendimentos de capitais não deve surpreender.
Está aquém das possibilidades, dado o elevado montante de títulos em carteira.
O seu valor absoluto é baixo, da ordem dos 266 000 contos, cifra parecida com a de 1968 (267 000 contos).
Nas consignações de receitas pesaram as receitas do Fundo Especial de Transportes Terrestres, que, como se notará adiante, ainda não atingem a cifra da despesa, dado que se contraem empréstimos.
Discriminação das receitas ordinárias
Para o conjunto das receitas ordinárias as alterações sofridas constam do quadro da página seguinte.