Todas as rubricas apresentam acréscimos, com excepção do imposto de mais-valia (menos cerca de 30 000 contos) e de trânsito. O decréscimo surpreende num e noutro caso. A contribuição industrial aparece na lista com quase um terço dos impostos directos (32,1 por cento). A sua influência nestes impostos tem aumentado nos últimos anos e a cifra de 1969 aproxima-se da de 1964.

No quadro a seguir indicam-se as percentagens das diversas rubricas que formam os impostos directos no conjunto do capítulo:

A situação da lavoura reflecte-se nas percentagens dos impostos directos. Na contribuição predial tem importância dominante a urbana, e ver-se-á adiante que ainda é esta o amparo da contribuição predial.

A melhoria do imposto complementar, já indicada, elevou a sua influência. Este imposto ainda é susceptível de maior produtividade.

Por ordem decrescente as percentagens nos impostos directos são: a contribuição industrial, o imposto complementar e a contribuição predial, todos com mais de 12 por cento.

Em "Diversos" (122 401 contos) há as seguintes receitas:

Contos:

Imposto de mais-valias 69 812

Imposto de trânsito 12 897

Imposto sobre a indústria agrícola 535

Taxa de relaxe l 304

Total 122 401

A quebra em relação a 1968 foi da ordem dos 23 589 contos. O imposto de mais-valia rendeu menos 29 880 contos.

Contribuição predial Os 948 585 contos de receitas cobradas por força da contribuição predial são mais 64 152 contos do que em 1968. Representam 12,9 por cento dos impostos directos.

A contribuição predial urbana preenche cerca de dois terços do conjunto. Na impossibilidade de mencionar valores cobrados, porque na Conta não se destrinçam os das duas contribuições, indicam-se a seguir os rendimentos colectáveis e as contribuições prediais, liquidadas, rústica e urbana. As cobranças são menores.

Anos Matéria colectável - Milhares de contos

Rendimentos colectáveis Contribuição industrial Impostos

Para efeitos de comparação, o quadro contém cifras relacionadas com a contribuição industrial, imposto sucessório e sisa.

Vê-se que os rendimentos colectáveis urbanos aumentaram e que os rústicos estagnaram.

A crise tradicional da agricultura, que torna aleatórias e em muitos casos deficitários as explorações, não permite a elevação dos valores colectáveis em muitos casos.

O rendimento colectável da propriedade urbana sobe, ultrapassando 6 000 000 contos em 1969. A curva é quase vertical nos últimos anos. Mas o rendimento colectável rústico desenvolve-se com morosidade.

Não atingiu 2 600 000 contos no ano agora sujeito a apreciação.

O total dos rendimentos colectáveis, rústicos e urbanos, alcançou 8 700 000 contos e 6 162 000 contos pertencem a propriedade urbana.