A esta expansão no crédito, em grande parte na carteira comercial, não se amoldou a conjuntura dos preços.

Fazendo a análise por instituições de crédito, conclui-se que na origem da acentuada expansão de 1969 estiveram em primeiro lugar os bancos comerciais, com 14,9 milhões de contos, e a seguir a Caixa Geral de Depósitos, com 2,7 milhões.

No entanto, se se restringir a apreciação ao crédito distribuído através de empréstimos, apura-se para os bancos comerciais um incremento ligeiramente inferior àquele que correspondeu à Caixa.

As contas Em 5 de Abril de 1969 foi publicado o Decreto-Lei n.º 48 953, que introduziu importante reforma na estrutura e nos meios de acção da Caixa Geral de Depósitos,, transformando-a em empresa pública.

Conforme se assinala no preâmbulo do diploma, os objectivos visados consistiram em imprimir maior flexibilidade e dinamismo à acção do estabelecimento, mediante o reforço da autonomia da sua gestão, o acréscimo da produtividade e eficiência dos serviços e a possibilidade da constituição de quadros à altura das múltiplas e cada vez mais complexas tarefas que incumbem à Caixa. Fará alcançar estes objectivos houve que tomar providências, que não se irão enumerar aqui, salientando-se apenas que uma delas consistiu em integrar a Caixa Nacional de Crédito nos serviços próprios do estabelecimento. As contas dessa instituição anexa deixam, pois de figurar em separado, facto que, por sua vez, originou a necessidade de se ajustarem certos dados relativos a 1967 e 1968, a fim de os tornar comparáveis com os referentes à última gerência.

As disponibilidades O balanço em 31 de Dezembro de 1969 somava 27 260 milhares de contos. Desta verba, 6012 milhares correspondiam a disponibilidades, desdobradas conforme se indica a seguir.

(a) Rectificado de forma a tornar comparáveis os dados de 1969 com os dos anos anteriores.

Verificou-se um crescimento, ligeiro das disponibilidades em 1969, devido fundamentalmente ao alargamento do crédito concedido pela Caixa. Após uma subida de 2971 milhares de contos durante o exercício, os depósitos ascenderam a 22 421 milhares no fim de 1969.

(a) Inclui os efectuados na Caixa Económica Portuguesa.

O acréscimo, superior em 441 milhares de contos ao de 1968, é atribuível em maior grau aos depósitos a prazo e aos depósitos obrigatórios, mas principalmente aos primeiros, que no último biénio contribuíram com perto de 66 por cento para a elevação total dos depósitos.

Operações activas As novas operações de crédito alcançaram 7450 milhares de contos no último exercício, contra 3923 milhares em 1968 e 3967 milhares em 1967, não incluindo as renovações das operações a curto e médio prazo.

A forte expansão verificada em 1969 incidiu em todos os sectores, mas foi sobretudo notória no sector privado.