Financiamentos à agricultura Para se aferir a verdadeira extensão do apoio creditício prestado pela Caixa à agricultura haverá que adicionar aos saldos dos financiamentos ao sector privado os efectuados ao sector público, por intermédio do Fundo de Melhoramentos Agrícolas, e ao sector corporativo e de coordenação económica. Apura-se, assim, um total superior a 3 milhões de contos em 1969.

No sector privado, assumem particular relevo os financiamentos às caixas de crédito agrícola mútuo e as operações de crédito agrícola directo.

No sector corporativo e de coordenação económica, a maioria dos saldos devedores reporta-se a cereais e vinhos. Como se viu, os saldos devedores do crédito à indústria estabeleceram-se em 6260 milhares de contos ao findar o exercício de 1969, contra 4891 e 4175 milhares de contos em idênticas alturas dos anos de 1968 e 1(967.

Mas interessa também conhecer o modo como se repartem pelas diversas indústrias esses montantes globais, para o que se inserem no quadro seguinte os indispensáveis elementos de apreciação.

À indústria da electricidade corresponde o maior volume de financiamentos: 1265 milhares de contos na última gerência. Seguem-se a hoteleira, com 954 milhares, o sector têxtil, com 798 milhares, o da alimentação e bebidas, com 720 milhares, e o dos derivados do petróleo e do carvão, com 487 milhares.

Com excepção de um grupo de quatro indústrias - químicas, metalúrgicas de base, madeira e papel -, os financiamentos mostram uma evolução ascendente em 1969. Sob este aspecto, a indústria da electricidade detém igualmente o primeiro lugar, com um acréscimo de 385 milhares de contos no exercício. Os resultados do exercício de 1969 situaram-se em 505 850 contos, o que exprime um acréscimo anual de 4419 contos.

(a) Não inclui os juros da conta corrente com a Caixa Nacional de Crédito nem a compensação de despesa.

(b) Inclui a Caixa Nacional de Crédito.

A progressão mostrou-se mais lenta do que em 1968, devido a ligeira quebra no ritmo de aumento das receitas, influenciado pelo comportamento dos juros de empréstimos e outras operações, e a maior subida das despesas, principalmente dos juros de depósitos. Os resultados de 1969 destinaram-se ao reforço das reservas e a participações, como se observa no quadro seguinte.