Há grandes alterações na viação rural (+80 567 contos) , na construção de edifícios escolares (+112 042 contos), nas obras hospitalares (+61 806 contos) e de menor relevo em outras. Nas despesas com as inundações de Fevereiro de 1968 ainda se inscreveram 28 300 contos.

É de lamentar a diminuição de 10 000 contos nas estradas do continente. A diminuição de despesas nas estradas não faz sentido e é contrária às necessidades de desenvolvimento económico.

Adiante, no respectivo capítulo, serão examinadas algumas das despesas extraordinárias e verificar-se-á então que uma parcela das receitas que as custearam provêm de empréstimos externos.

Convém agora salientar que a construção de edifícios escolares consumiu 366 456 contos, mais 112 042, e que nas construções hospitalares o aumento foi de 61 806 contos, para o gasto total de 153 046 contos.

A dotação por despesas extraordinárias das estradas elevou-se a 367 500 contos e foi menor do que a de 1968, por 10 000 contos. Há-de haver qualquer razão por esta indiferença pela construção de novas estradas.

Também se nota o aumento de 19 465 contos na hidráulica agrícola em relação a 1968. Ao todo 268 609 contos. Desta verba couberam 234 263 contos ao Plano de Rega do Alentejo, quantia um pouco mais alta do que a do ano anterior, como se nota no quadro seguinte:

No Plano de Rega do Alentejo já se despenderam, até fins de 1969, cerca de 1 464 011 contos, por força de despesas extraordinárias. Como o total gasto com a hidráulica agrícola desde 1963 se eleva a 1 566 107 contos, vê-se que restam cerca de 102 000 contos para outras obras. A ponte de Lisboa já está em serviço e a produzir receitas que, infelizmente, se afastam dos encargos. Mas na Conta Geral de 1969 ainda aparecem 17 091 contos. Em despesas ordinárias incluem-se as verbas dos gastos normais (0500 contos) referentes à conservação e outras.

Publica-se a seguir o custo da ponte, tal como aparece descrito ma Conta desde o seu início:

Nota. - Há verbas nos anos de 1962 e 1963 não inscritas no quadro.

Distribuição de verbas Os 2 695 347 contos que representam a despesa total do Ministério repartem-se do modo seguinte:

Há algumas alterações nas percentagens de distribuição.

Os edifícios e monumentos são os mais bem dotados, com 1 075 061 contos, ou 39,8 por cento da despesa total. A seguir vêm as estradas com 745 198 contos, ou 27,7 por cento.

Gostámos sempre de construir edifícios. Há obras que podiam esperar mais uns anos com os serviços nas instalações actuais. Mas a pressão para edifício novo é grande. Vence todos os obstáculos.

No caso das estradas, que é um dos problemas fundamentais no progresso económico, a verba para construções novas e grande reparação, nas despesas extraordinárias, diminuiu 10 000 contos como se verificou acima.

O Plano de Rega do Alentejo utilizou 8,7 por cento do total, e outras despesas não especificadas formam 18,5 por cento do conjunto.

As duas grandes dotações - edifícios e estradas - , somam 1 820 259 contos, ou 67,5 por cento do total.

Se forem reforçadas as dotações de estradas, como necessário, a percentagem aumentará.