É o ensino primário que absorve a quase totalidade das dotações, com 690 150 contos. Também foi nele que houve o maior aumento.

No quadro a seguir indicam-se as despesas totais do ensino primário e os respectivos índices referidos a 1939:

O aumento em 1969 foi grande devido à remodelação de vencimentos.

Frequência do ensino primário

Os números vêm discriminados por distritos, a seguir: Se forem agrupadas as quatro primeiras secções pautais - animais vivos e outros produtos do reino animal, produtos do reino vegetal, gorduras e óleos gordos, animais ou vegetais, produtos das indústrias alimentares -, ter-se-á ideia da influência que a agricultura pode ter na balança comercial.

Em 1969 aquelas secções pautais tiveram a seguinte expressão, em milhares de contos, números redondos:

Diferença............... 321,4

Num e noutro caso estão incluídos produtos, como o tabaco e outros, que não se podem considerar alimentares. Mas estes pesam muito na importação e na exportação.

A diferença de 321 400 contos, números redondos, provém inteiramente dos produtos alimentares, directa ou indirectamente.

Algumas indicações úteis, quanto a importação para consumo, mostram que em 1969 importaram-se cerca de 610 000 contos de trigo em grão e mais de 775 800 contos de milho, além de 138 800 contos de arroz. Se estes números forem acrescidos dos das oleaginosas, e entre elas sobreleva todas as outras o amendoim, aquela cifra aproxima-se dos 2 milhões de contos. As sementes de amendoim, com e sem casca, custaram ao País 723 000 contos e provieram em grande parte da Nigéria e de outros países pouco amigos, que não compram produtos portugueses.

Algumas das importações de produtos do reino vegetal para consumo podem certamente ser produzidos econòmicamente em Portugal. Um melhor e mais intensivo aproveitamento do regadio melhoraria os abastecimentos, que se fazem em larga escala com importações. E os investimentos bem volumosos na irrigação devem poder concorrer para melhores resultados do que os conseguidos até agora. Por outro lado, conhece-se a influência dos produtos da terra no rendimento nacional. A gravidade da situação actual deriva do decréscimo, em valor absoluto, da sua influência no produto interno bruto.

Computando este produto em termos constantes (custo dos factores, preços de 1963), obtém-se os números seguintes:

Se estão certos os números, a primeira coluna mostra o fraco produto da agricultura (inclui a pecuária). Em termos constantes o progresso de 1962 a 1969 foi inferior a 500 000 contos. Como o produto, no intervalo, aumentou 40 404 000 contos, os consumos atingiram cifra muito alta em relação ao produto agrícola. Daí o aumento nas importações. A agricultura e pecuária representavam 18,7 por cento do produto interno em 1962. A percentagem caiu para 12,7 por cento em 1969.

O fenómeno geral é o da influência cada vez menor do sector primário no conjunto do produto. Não surpreende por esse motivo a diminuição na percentagem. O que pode surpreender é o menor consumo de produtos nacionais e a importação cada vez maior de produtos alimentares.

As variações nas produções agrícolas, de ano para ano, expressais na segunda coluna do quadro dão ideia da vá-