oscilação que não se afasto de algumas taxas de anos recentes.

Mas a diminuíção da taxo de natalidade inscreve-se num movimento contínuo de descida. É, alias, a primeira vez que se regista uma taxa de natalidade inferior a 20 no posso país.

Para esta redução oontínua da natalidade podem encontrar-se explicações parciais, para além da tendência geral que corresponde, em princípio, à intensificação do fenómeno urbano e a certos efeitos originados na subida do nível de vida - provavelmente derivados dos novos problemas que esta subida vem explicitar. Outros factores explicativos estão na rarefacção de certos grupos etários, devida a emigração e à mobilização militar. Mas a medida em que tais situações influam na redução da natalidade é, naturalmente, de muito difícil ou mesmo impossível determinação. Para se poder avaliar a população em termos quantitativos globais seria preciso dispor de dados de confiança sobre a emigração e os saldos migratórios com o ultramar.

O movimento de passageiros entrados e saídos não é muito significativo para, efeito do apuramente dos saldos, dada a pequena representatividade destas em relação ao movimento total. Com efeito, basta um erro percentualmente pequeno no movimento para figurar uma variação muito acentuada no saldo.

Outro tanto se não pode, porém, dizer das variações em valores absolutos nas entradas e saldas. Tais variações mostram, sobretudo, o incremento do turismo, quer de nacionais, quer de estrangeiros.

Em 1969 foi particularmente intenso o aumento, tanto no inúmero dos passageiros entoados como mios saídos: da ordem do meio milhão em cada sentido. A emigração acusa em 1969 uma diminuição sensível: cerca de 10 000.

Conquanto os indicadores deste fenómeno não sejam totalmente significativos, por diversas razões, entre as quais avulta a emigração clandestina, não pode deixar de notar-se que a cifra oficial continua a diminuir, quer no seu conjunto, quer na parte respeitante à França, depois de ter atingido o máximo de 118 000 em 1966.

E certo que houvera um incremento aparente, devido ao número de emigrantes que vieram regularizar a sua situação, voltando a sair, agora como emigrantes legalizados. A conjugação destes dados mostra, mesmo assim, um máximo em 1966, o qual tem vindo a diminuir desde então. Desconhecendo-se qual o número das legalizações em 1969 (pois este dado desapareceu com o resumo descritivo que tanto ajudava à compreensão e rápida consulto do Anuário Demográfico), é de supor, mo entanto, que tenha havido efectivamente uma nova baixa na cifra global, ainda que de pequena amplitude.

Mas a elevação dos salários agrícolas em Portugal e a deterioração das condições oferecidas aos emigrantes em alguns países europeus, não foram suficientes para fazer regressar o volume da emigração às dimensões anteriores a 1964, isto é, abaixo dos 40 000.

Um aspecto importante a considerar é a alteração nos destinos da corrente emigratória. Conforme já se tem

referido em anos anteriores, o Brasil deixou de absorver parcela significativa dos nossos emigrantes. A Europa passou a ocupar o lugar das Américas.

Mas dentro da Europa parece observar-se agora uma modificação a favor da Alemanha, e provavelmente de outros países europeus, em substituição da França.

Com efeito, o número de emigrantes com destino a este ultimo país foi de 27 000, incluindo-se nesta cifra o movimento proveniente de legalizações, sobre o qual não foram fornecidos dados para o último ano. Ora, deduzindo o total das legalizações nos anos anteriores (e nem todas, por certo, retaliavas à Branca), conclui-se que, em 1969, o número de emigrantes com destino a este pais foi inferior, pelo menos, ao registado entre 1965 e 1968: 27 000 incluindo legalizações, em 1969, contra 89 000 (em média) naqueles anos, abatendo o total das legalizações. Além disso, há a considerar o facto, comprovado, de uma parte dos emigrantes que seguem inicialmente para

França se transferirem depois para os Países Baixos, a Alemanha, a Suíça e outros países.

Quanto à Alemanha Ocidental, o número de emigrantes subiu, de cerca de 5000, em 1968, para 13 000, no ano passado. Deve, no entanto, acrescentar-se que a emigração com destino a este país tem experimentado variações bruscas em curtos períodos: quase 12 000 em 1965, 2000 em 1967. Pelo que toca ao movimento migratório com o ultramar, dos dados de que se dispõe continuam a enfermar das mesmas deficiências dos anos anteriores.

Não tem significado continuar a avaliar o movimento dos passageiros por via marítima quando grande parte, se não já a maior, se fazem transportar por via aérea.