Mostra-se no quadro que 67,7 por cento das despesas extraordinárias provieram de receitas ordinárias (excessos) e que só 17,4 por cento se obtiveram de empréstimos.

Como o desequilíbrio entre receitas e despesas extraordinárias foi muito grande, só um grande excesso de receitas ordinárias poderia liquidá-lo. E assim aconteceu em 1069, como se indica a seguir:

Contos

Receitas extraordinárias .... 4 093 097

Saldo ..... + 1 010 887

Se tivesse sido adoptada a política do pós-guerra até há poucos anos de saldos de contas pouco volumosas teria sido possível reduzir o recurso em empréstimos para 1 192 680 contos, deixando o saldo de contas de 100 000 contos. E então as cifras de um quadro anterior seriam:

Contos Percentagens

Receitas ordinárias (excessos).. 9 423 538 74,8

O recurso aos empréstimos seria ligeiramente superior a 10 por cento do total das despesas extraordinárias, o que, do ponto de vista financeiro, revela situação desafogada. A conta de 1968 «parece mostrar a possibilidade de desvio de maiores investimentos para o fomento económico, através de receitas ordinárias e empréstimos, com a condição de orientar esses investimentos para fins altamente reprodutivos.

Saldos de anos económicos lindos Os saldos dos exercícios das últimas décadas constam dos números seguintes:

1953 .................. 80,7

1955 .................. 31,2

1964 .................. 331,1

Vê-se a política de saldos modestos até, pode dizer-se, ao último ano de 1968. Uni golpe de vista sobre o quantitativo dos saldos no pós-guerra mostra que eles se mantiveram inferiores a 100 000 contos na totalidade dos exercícios e pouco se afastaram desta soma até 1968, com excepção dos dois anos de 1961 e 1962, explicáveis pelos acontecimentos de África.

Os saldos de anos económicos findos têm sido utilizados no pagamento de despesas extraordinárias, quando julgado conveniente.

Um quadro elucidativo dá uma súmula da aplicação dos saldos durante um longo período de anos, desde o início da reorganização financeira: