Não se incluem as receitas do Estado da índia. O total de 40 665 000 contos contém as receitas ordinárias da metrópole.

No exame das cifras há que ter. em conta o valor da moeda nos diversos anos. Não é possível oferecê-las em termos reais, como seda de desejar, e é sabido que as dos últimos anos se cobraram, em período de inflação perturbador. Um outro índice da situação económica do ultramar, a que já se aludiu acama, de passagem, é o revelado pelo comportamento do comércio externo.

As importações subiram muito, em especial no período 1968-1969. Não foram acompanhadas pelas exportações. Este desfasamento agrava a situação do ultramar e provoca dificuldades nas transferências difíceis de resolver.

A seguia: publicam-se as cifras das importações e exportações do ultramar e os respectivos índices nos anos de 1938, 1960 e 1969.

nos

Embora o índice não acompanhasse o das receitas ordinárias, é de interesse notar que se avizinha, em especial, o das importações.

E de notar que o ultramar importou mais de 10 milhões de contos em 1969 do que em 1960, e, embora seja menos acentuado o acréscimo nas exportações, ainda assim a diferença para mais foi da ordem dos 7 600 000 contos.

Estas cifras revelam o esforço desenvolvido na última década, num período de sobressaltos políticos, estòicamente suportados pela população. Mas o atraso na exportação ainda é grande e necessita de ser neutralizado. Ele fixou-se em 4 319 000 contos, excluindo Macau. E bem verdade dizer que Moçambique, com um déficit de 3 410 000 contos, está na base do atraso referido acima.

Todos os esforços devem ser feitos, nesta província, no sentido de aumentar as exportações, já que parece não ser possível reduzir apreciavelmente as importações. Convém agora resumir o que acaba de se escrever, pelo que respeita a verbas orçamentais, no seguinte:

eceitas ....

Saldo ....

O resumo da situação financeira em 1969 mostra um saldo global de 596 593 contos. Neste saldo global, Angola e Moçambique entram com 87 por cento. A importação de todos os incluindo a metrópole, elevou-se a as exportações a 39 529 400 contos, as do comércio entre os diversos serão feitas as menções necessárias uma alta diferença, que se eleva Até sem as correcções necessárias desfasamento entre importações e territórios nacionais, 57221800 contos e Estas cifras contêm territórios, e adiante. Mas elas exprimem a 17 692 400 contos, vê-se logo um grave exportações. Discriminando agora as receitas e despesas obtêm-se os números que dão ideia do movimento financeiro do ultramar nos diversos aspectos de receitas e despesas próprias, de receitas e despesas de serviços autónomos, de receitas e despesas extraordinárias com empréstimos e outras:

eceitas ordinárias ....

Serviços autónomos ....

Receitas extraordinárias, excluindo os empréstimos ....

Nas receitas ordinárias há 5 725 221 contos de serviços autónomos e nas extraordinárias há 1 692 004 contos de empréstimos.

Angola e Moçambique contribuem com uma grande parcela (97,7 do total) nos serviços autónomos.

Estas duas grandes províncias aumentaram muito as receitas e despesas em 1969.

Os números são os que seguem:

espesas ordinárias ....

Serviços autónomos ....

Despesas extraordinárias, excluindo os empréstimos ....

Comércio externo Apesar da melhoria na balança comercial de Angola, que fechou com o saldo positivo de 129 200 contos em 1969 em vez do negativo de 1 048 200 contos em 1968, o comércio externo de todas as províncias ultramarinas foi onerado com o maior saldo negativo: 4 690 100 contos em 1968 e 4 956 400 contos em 1969, uma diferença para mais de 266 300 contos.

A melhoria de Angola foi anulada pelo agravamento de Moçambique.

O movimento comercial de todos os territórios nacionais, medido pelo comércio externo, elevou-se a 96 751 200 contos, e a diferença entre a importação e a exportação subiu para 17 692 400 contos.

Total ....

Deficit ....

As cifras respeitam ao comércio externo, na importação e exportação, sem ter em conta trocas interprovinciais. Mas dão uma ideia do volume dessas trocas.

Os números do quadro podem ser corrigidos com os elementos que exprimem ais trocas entre as províncias e com o estrangeiro.

As importações dos mercados estrangeiros aumentaram. E embora houvesse melhoria nas trocas com os territórios nacionais, ela está longe de compensar o grande desnível com o estrangeiro. Os territórios nacionais devem procurar auxiliar-se tanto quanto possível, a fim de melhorar e promover um equilíbrio saudável da balança de pagamentos, que, agora, depende muito das receitas dos serviços - os transportes no ultramar e a emigração e o turismo na metrópole. A importação de 19960000 contos é muito alta. No quadro publicado adiante discrimina-se o comércio externo por províncias.