1969....

Como resultado deste aumento, a exportação dos produtos da pesca rendeu muito mais. A província exportou 347 210 contos de farinha de peixe (92 3911), mais 212 608 contos do que no amo anterior. No momento actual a importância das indústrias extractivas na economia já não é um mito, nem até uma esperança, mas uma certeza.

Outras perspectivas se divisam no horizonte com as possibilidades de encantoar depósitos de minérios de cobre e talvez ouro, em teor em quantidades rentáveis, além da existência de alguns metais raros.

For enquanto, além dos diamantes, a produção de 1969 já contou com mais de

5 470 000 t de minérios de ferro e de 2 458 0001 de ramas de petróleo. Num e noutro caso é muito grande a diferença em relação a 1968.

Um pequeno quadro dá ideia da produção de produtos da safra mineira em 1969, em milhares de toneladas:

Designação

Diamantes (milhares de quilates)....

Minério de ferro ....

Petróleo em bruto ....

Rocha asfáltica ....

Sal marinho ....

Os diamantes vêm de Lunda. Os minérios de ferro são provenientes de Cassinga e Cuíma, que produziram 4 900 000 t.

A produção elevou-se a 5 478 000 t. A diferença veio das minas de Saia e Tumbi, no distrito de Malanje.

Tirando os diamantes, os minérios exportados são pobres, de baixo valor unitário. Mas, apesar disso, a exportação de ferro rendeu 1100 618 contos.

No que respeita às massas petrolíferas, a exploração dos poços de Luanda e Cabinda permitiram o uso exclusivo de ramas da província na refinaria, num valor aproximado de 899 670 contos.

As perspectivas no próximo ano são grandes. Julga-se que exercerão benéfica influência no difícil problema das transferências, apesar do baixo valor unitário. Não há elementos definitivos sobre o produto das indústrias, que se avalia em mais de 6 milhões de contos. O aumento em 1969, conforme elementos reputados seguros, é estimado em 975 000 contos. As produções de maior relevo são as seguintes:

Contos

Moagem e descasque (alimentação) ....

Conservas de peixe (alimentação) ....

Produtos refinados (derivados do petróleo bruto ....

Produtos minerais não metálicos ....

Têxteis ....

Produtos químicos ....

Ainda este ano ocupam o primeiro lugar as indústrias de alimentação, com 813 762 contos. Cabem à indústria da cerveja 61 8110001, no valor de 547 744 contos. A indústria está a tomar um grande desenvolvimento, como se deduz dos números.

As indústrias químicas aumentaram muito a sua produção em 1969, pois passaram de 386 262 contos, em 1968, para 673662 contos. Os caminhos de ferro estão a prestar um grande serviço à província. Em 1969 aumentou muito o número de passageiros e de carga transportada, que foi maior em todas as linhas, excepto nas de Amboim e Benguela.

A carga subiu muito no caminho de ferro de Moçâmedes devido ao minério de Cassinga.

O caminho de ferro de Benguela transportou menos ,carga de países vizinhos.

A produção de energia foi de 541000 000 kWh para um consumo de 487 000 000 kWh, bastante mais do que em 1968. A maior parcela de energia produzida tem origem na central de Cambambe (249 205 000 k Wh) e nas centrais do Catumbela (103 000 000 kWh) e Matala (25 800 000 kWh).

Comércio externo Não se pode dizer que o ano de 1969 foi um bom ano para Angola em matéria de comércio externo, apesar da inversão do saldo da balança do comércio, que subiu de 921 912 contos, saldo negativo de 1968, depois de corrigidos os números, para o saldo positivo de 129 240 contos.

Nos dois anos de 1967 e 1968 os saldos negativos somaram cerca de 2 milhões de contos, o que é intolerável numa economia em condições de poder fechar todos os anos a sua balança com saldo positivo.

A importação aumentou e também a exportação. Mas o acréscimo nesta última foi muito superior ao da primeira, quase o triplo, como se deduz dos números que seguem:

Designação