diversos países com que mantém relações comerciais tem margem para maiores vendas de produtos moçambicanos. O problema parece ser o de insuficiências na produção. A seguir publicam-se as cifras da balança comercial com alguns países:

Designação

República da África do Sul....

Suíça....

Bélgica-Luxemburgo....

França....

A monotonia dos saldos negativos faz pensar no que poderia trazer para Moçambique uma produção muito superior à actual. A África do Sul. Reino Unido, Japão e França, para só falar nos de maior desequilíbrio, todos grandes consumidores de géneros e outros produtos, são mercados potenciais, de relativamente fácil acesso, dadas as relações comerciais enunciadas nos deficits volumosos da balança comercial.

No quadro seguinte inscrevem-se as percentagens dos territórios nacionais e estrangeiros:

Designação

Metrópole e ultramar....

Estrangeiro....

A metrópole melhorou a sua percentagem. O estrangeiro não conseguiu atingir a cifra de 1968.

De tudo ressalta a grande necessidade de intensificar a produção de mercadorias facilmente assimiláveis pela metrópole e mercados externos, como o amendoim e outros.

Balança de pagamentos O grande déficit da balança de pagamentos é motivo para causar apreensões. As disponibilidades do Fundo Cambial que foram altas durante certo período diminuíram muito nos últimos tempos, na medida em que ia aumentando o desequilíbrio negativo da balança comercial.

Apesar de terem sido pedidos os elementos normais sobre o Fundo Cambial, eles não foram fornecidos, pelo menos, a tempo de serem publicados neste parecer. Eis o motivo por que se repetem os números do ano passado:

1959....

As disponibilidades que em 1968 se elevavam a 318 100 contos devem ter sido utilizadas no pagamento do déficit, muito grande em 1969. Na verdade, a diferença entre as entradas e saídas de cambiais atingiu 1 325 012 contos contos.

O déficit, repete-se, é muito alto. E embora se aleguem motivos para explicar a sua elevação, e há-de havê-los, ele necessita de ser eliminado ou pelo menos reduzido para valores mais fracos.

As entradas de cambiais foram muito menores, como se deduz da comparação entre as cifras de 1968 e 1969.

1969....

Diferença....

Tão grande diferença devia naturalmente exercer influência nos pagamentos.

Nas saídas também são menores os valores, mas não compensam a falta de entradas:

1969....

Diferença....

Há uma pequena diferença nas entradas que não se explica facilmente.

Comparando a diferença nos dois últimos anos verifica-se que a de 1968 em relação a 1967 foi de 268 706 contos. A de 1969 em relação a 1968 elevou-se a 1 325 012 contos. Podem extrair-se algumas conclusões sobre este assunto, examinando as cifras da origem das entradas e saldas de cambiais:

Designação

Comércio (exportação)....