de uma vez para sempre e dizerem aos serviços: tomem lá estes senhores. Não isso significa um espírito de colaboração.

O que tem de haver é um aproveitamento integral, porque V. Ex.ª certamente sabe muito melhor do que eu que existem, actualmente na Rua de Artilharia Um uns serviços cheios de boa vontade e que estão «trabalhando bastante bem, mas muito modestos e quase superlotados, enquanto em Alcoitão mós temos neste momento 170 vagas, que poderiam ser devidamente aproveitadas. É precisamente para evitar este dualismo, desculpem o termo, aproveitar este desaproveitamento, que se incluiu nesta base. Não de maneira alguma para limitar, de qualquer modo, o campo de actuação militar.

Vozes: -Muito bem!

(O orador não reviu).

O Sr. Presidente: - Peço aos Srs. Deputados Cancella de Abreu e Themudo Barata o favor de virem à Mesa, porque desejava esclarecer-me com S. Exa.

O Sr. Ricardo Horta: - Sr. Presidente: Ouvi com muita atenção (tanto o Sr. Deputado Themudo Barata como o Sr. Deputado Cancella de Abreu e tenho a dizer ao primeiro que o que se terá aqui não é coordenação, é desvinculação, logo que o Ministério esteja em condições de receber os inferiorizados militares. Portanto, não há propriamente coordenação no que diz respeito ao caso que estava em discussão.

Na segunda parte queria responder ao meu ilustre amigo e colega Sr. Deputado Cancella de Abreu.

Ora, as intenções de V. Ex.ª são óptimas, são puras, são cristalinas, transparentes, nós temos de admitir isso. Mas V. Ex.ª esqueceu-se, e o apontamento que V. Ex.ª fez ali relativamente ao Alcoitão é de uma gravidade transcendente, e digo-lhe transcendente porque tem 170 vagas. E evidente que nós marcámos 100 camas lá por oferta, por pressão, por obséquio do Sr. Dr. Lino Neto, provedor da Misericórdia. E dessas 100 vagas nunca pudemos ocupar além de, porque não tinham condições assistenciais. E não tinham condições assistenciais, e V. Ex.º sabe melhor que eu, ou tanto como eu, porque hoje a recuperação, a reabilitação, precisa de infra-estruturas técnicas perfeitíssimas para paralelamente ser eficiente.

V. Ex.ª sabe muito bem que um homem que estivesse com uma infecção urinária, por exemplo, tinha de se transportar ao hospital aqui para fazer tratamento.

V. Ex.ª sabe que todos os indivíduos, os aleijões, as deformidades, as perdas de substância óssea ou tecidos moles, são precisas intervenções de cirurgia reconstitua às três, quatro, cinco, dez intervenções, através de dois, três anos. Onde é que o Alcoitão tem isso para apoiar, Sr. Deputado Cancella de Abreu?

Ora, é evidente que os doentes sabem muito bem, e os médicos militares também, que esse apoio não pode ser dado em Alcoitão e, portanto, estão ali a suportar, II fazer tudo o que podem rio sentido de serem úteis e serem realmente uns defensores das complicações qu e esses doentes possam ter e possam ficar alargadas definitivamente se não tiverem as intervenções oportunas e tecnicamente perfeitas.

Ora, era isto que eu queria dizer a V. Ex.ª, que o Alcoitão não tem condições, actualmente. Por exemplo, não tem condições de forma nenhuma para apoiar um serviço de recuperação em condições.

(O orador não reviu.)

O Sr. Cancella de Abreu: - Peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Eu é que peço a palavra, porque queria esclarecer-me com V. Ex.ª antes de V. Ex.ª continuar.

Peco-lhe o favor de subir à Mesa.

O Sr. Deputado Concella de Abreu pediu autorização para retirar a proposta de aditamento de uma base nova, VI-C, que ele subscreveu juntamente com outros Srs. Deputados.

Presumo que os outros Srs. Deputados subscritores, se não se manifestarem diversamente, se associam com ele no pedido.

Em consequência, pergunto à Assembleia se autoriza a retirada da proposta de aditamento de uma nova base, para ser a VI-C, a integrar no projecto de lei de que é subscrita pelos Srs. Deputados Cancella de Abreu e outros.

Consultada a Assembleia, foi autorizada a retirada da proposta.

O Sr. Presidente: - Continua em discussão a base VI-C segundo o texto da proposta dos Srs. Deputados Themudo Barata e outros.

O Sr. Ricardo Horta: - Peço a palavra para interrogar a Mesa, se me dá licença, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tenha bondade.

O Sr. Ricardo Horta: - Eu queria interrogar a Mesa no sentido de verificar se, realmente, para aprovar uma proposta, que é a VI-C, que eu considero tão importante, a Assembleia tem percentagem suficiente para uma deliberação.

O Sr. Presidente: - Em suma, V. Ex.ª requer a contagem?

O Sr. Ricardo Horta: - Sim, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Então vai proceder-se à chamada para sabermos se há número.

O Sr. Roboredo e Silva: - Eu suponho, se V. Ex.ª não tomou em definitivo a decisão de proceder à contagem, porque se a tomou já não tenho que falar, mas, se V. Ex.ª ainda não decidiu, penso que talvez houvesse uma solução