espiritual e a religiosidade dos seus templos, espraiar a vista dos píncaros da Nazaré, colher a surpresa do irreal, que é a perfeita concha- de S. Martinho, entrar no pó dos tempos mais arredados, evocando D. João I, na Batalha, D. Dinis, nas muralhas de Leiria, rezar no San (mamo de Fátima, meditar no silêncio do Convento da Cristo, em Tomar.

Colidas da Rainha- podia e devia ser de há muito, centra, de inradiacão de uma região de enormes recursos onde tudo cabe: termas famosas, praias de mar, indústrias características, frondosas matas, tranquilas lagoas, tudo, enfim, quanto é necessário pana (proporcionar um turismo rodeado de circunstâncias aliciantes, se devidamente acrescentado pelas mãos do homem. Sem querermos, de qualquer modo, antecipar-mos aos estudos do planeamento regional que abranjam a cidade das Caldas da Bainha, creio poder admitir que lhe estará reservado um importante futuro, como centro de uma vasta área com potenciali-dades muito apreciáveis.

Se esta cidade acolhedora e de recursos económicos excepcionais assistiu, sem reacção salutar « eficaz, nestes últimos vinte anos, ao.desfazer da sua .primitiva grandeza e a ver esvaírem-se os seus sonhos e os suas mais justas aspirações a grande centro a que tinha incontestável direito, cremos ter reencontrado, agora, o caminho certo do seu destino.

Caldas da Bainho, é hoje uma realidade viva no plano económico, político e social do distrito de Leiria.

De estrutura tradicionalmente agrária, está este concelho fazendo um forte esforço de industrialização e valorização económica, pois dispõe já de uma poderosa indústria de cerâmica, de concentrado de tomate e estão em vias de instalação mais duas unidades fabris, que ocuparão, numa primeira fase, mais de mil operários.

Os nossos -governantes, conhecedores das suas necessidades, através de um município renovado, a que preside, há pouco mais 'de dois anos, um homem dinâmico, esclarecido e de vontade férrea, vêm-lhes dando adequada satisfação.

Assim, o .Sr. Mindatro da Educação Nacional, por despacho de 8 de Março de 1971, correspondendo a uma velha e justíssima aspiração do concelho e regiões limítrofes, criou nesta cidade uma secção liceal, que entrará em funcionamento já no próximo ano lectivo. E pelo Decreto n.° 84, de 19 de Marco último, emanado do Ministério da Saúde e Assistência, foi também criado nas Caldas da Bainha o primeiro centro hospitalar do País, que integrará, dentro de pouco tempo, quatro hospitais em pleno funcionamento.

As manifestações .públicas que a população das Caldas da Bainha e as entidades oficiais levaram a efeito logo que destes factos tiveram conhecimento, deram já, sem dúvida, ao Governo a nota das repercussões que ali tiveram tão desejadas decisões.

Mas para além daquilo que o povo disse e que a edili-dade transmitiu a quem de dkeito, é meu dever, no próprio local onde tenho solicitado justiça e compreensão para aquela zona do País, afirmar também, em meu nome e no daqueles que aqui represento, a satisfação sincera que a todos nos domina,

A influência que a secção lioeal e o centro hospitalar poderão vir a -ter no desenvolvimento regional e na fixação de gente só a pode avaliar quem assistiu, como nós, a fuga das famílias para outras regiões e para o- estrangeiro, às dificuldades de conseguir técnicos que ali se fixassem.

Esperamos, agora, que outros instantes problemas ligados ao desenvolvimento das suas populações venham por igual a ser solucionados.

E sê-lo-ão, com certeza, «e o Governo, como o esperamos, não faltar com os necessários meios aos homens que com tanta fé e entusiasmo actualmente servem este concelho.

Temos a certeza de que o Sr. Ministro das Obras Pública, a quem as Caldas da Bainha'já tanto deve, não deixará de, nas suas costumadas visitas de trabalho, deslocar-se também às Caldas da Bainha, para aí tomar conhecimento directo das urgentes necessidades das suas populações, sobretudo dos meios rurais, onde quase tudo falta, e dar-lhe solução condigna.

As populações deste laborioso concelho encontram-se dispostas è preparadas, se forem ajudadas, para vencerem os enormes atrasos em que se encontram em relação à quase totalidade dos restantes catorze concelhos do distrito de Leiria.

Aqui deixam, por meu intermédio, as populações do concelho das Caldas da Bainha, ao Sr. Ministro das Obras Públicas, o seu apelo e a sua confiança.

Vozes: Muito bem!

O orador foi cumprimentado.

O Sr. Presidente: Vamos passar à

Continuação da discussão na especialidade e votação do projecto de lei sobre a reabilitação e integração social de indivíduos deficientes.

Estava em discussão a base vi-o. Acaba de entrar na Mesa uma nova proposta relativa à base vi-o, isto é, nova proposta de aditamento de uma base vi-c. Lamento extremamente não poder fazer distribuir imediatamente fotocópias deste texto para melhor apreciação de V. Ex.ª, mas o aparelho de que a Assembleia dispõe para o efeito, por infelicidade, avariou-se.

Peço, portanto, a atenção de V. Exas. para o texto que vai ser lido.

Foi lido. O seguinte:

Proposta de aditamento

Propomos que a seguir à base VI-B do projecto de lei sobre reabilitação e integração social de indivíduos deficientes se acrescente uma nova base (base vi-c), com a redacção seguinte:

Compete, designadamente, ao Departamento da Defesn e dos três ramos das forças armadas: Criar e manter serviços de recuperação e reabilitação médica destinados ao tratamento de deficiências ocorridas durante o serviço militar;

b) Colaborar, com o Ministério da Saúde e Assistência e com o das Corporações e Previdência Social, na reabilitação vocacional, na educação especial e na integração no meio familiar, profissio-