As razões de troca tiveram assim influência no agravamento do déficit da balança comercial. Os quadros que se seguem dão a conhecer a participação que no valor dos mercadorias importadas e exportadas tiveram a metrópole, as outras províncias ultramarinas e os países estrangeiros, ou seja a repartição geográfica do comércio externo no triénio de 1968-1970:

Mercadorias Importada!

[...ver a tabela na imagem]

Para melhor elucidação do comércio externo, desdobram-se no quadro infira os saldos do último triénio, de forma a poder avaliar-se, na sua composição, a importância relativa daquelas três zonas estatísticas de intercâmbio e dos fornecimentos à navegação marítima, constantes da coluna sDiversos".

Verifica-se, pois, um agravamento da taxa de cobertura das importações e exportações em relação ao período anterior. Com efeito, o valor das exportações representou, no ano de 1970, cerca de 48,'84 por cento das importações, quando esta mesma relação atingira no ano antecedente 54,48.

Importa, entretanto, empreender uma análise, ainda que sumária, da composição geográfica dos mercados onde &e localizaram as aquisições da província, assim como daqueles onde foi encontrada colocação para os seus produtos.

Urna primeira apreciação revela que não se processou qualquer modificação tangível na estrutura do comércio da província, devendo, no entanto, salientar-se um agravamento no déficit no comércio especial com a metrópole e estrangeiro.

Assim, a metrópole contribuiu com 27,6 por cento do valor das aquisições externas da província, cabendo 68,9 por cento ao estrangeiro e 3,5 por cento ao ultramar; por outro lado, do quantitativo das exportações provinciais, 88,3 por cento e 5,5 por cento encontraram, respectivamente, colocação na metrópole e nas outras províncias ultramarinos, enquanto os restantes 56,2 por cento foram adquiridos por diversos -países estrangeiros.

O mapa que só segue apresenta-nos os saldos negativos e positivos da balança comercial, respectivamente com a metrópole, ultramar português, estrangeiro e diversos países não conhecidos.

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Todavia, considerando mais detidamente a composição dos saldos comerciais registados nos anos de 1969 e 1970, verifica-se: Em 1969, do desequilíbrio global cifrado em 8 409 958 contos, 658 395 contos e 21 553 contos representam, respectivamente, os resultados negativos do comércio de Moçambique com a metrópole e o ultramar português e 2 840 268 contos o déficit do intercâmbio com o estrangeiro; Em 1970, o panorama agravou-se, pois os resultados negativos apurados para um déficit global de 4 805 82â conto", foram, respectivamente, de 845 177 contos com a metrópole, 81 903 contos com o ultramar e 4 000 718 contos com o estrangeiro. Como mostra - o quadro que a seguir se insere, em que se discriminam, por classes pautais, os mercadorias importadas no último biénio, o acréscimo do valor importado em 1970 explica-se especialmente pela maior importação de máquinas e aparelhos; material eléctrico; material de transporte; metais comuns e respectivos obras e produtos das industriais químicas.

Do conjunto dos importações salientam-se as maquinas e aparelhos; material eléctrico (33,8 por canto); material de transporto (21 por cento); metais comuas e respectivas obras (16,5 par cento) e produtos das indústrias químicas (5,5 por canto). Estas secções da Pauta totalizam mais de metade das importações, ou seja 70,8 por cento do valor global destas.