Vê-se que, num total de 23 490 000 contos Ide importações, vieram do estrangeiro 15 390 000. A contribuição da actividade nacional é muito menor.

Por outro lado, há também desequilíbrio entre as exportações para territórios nacionais e estrangeiros.

Neste caso, enviam-se mais mercadorias para o estrangeiro do que para os mercados nacionais, como, aliás, seria de prever, dada a natureza das principais exportações - produtos tropicais e minérios.

O quadro anterior pode ser sintetizado no seguinte:

[... ver tabela na imagem]

A importação de mercadorias do estrangeiro para territórios nacionais é muito superior à exportação.

No quadro lêem-se as cifras de cerca de 15 e 11 milhões.

Neste aspecto, Moçambique desequilibra muito a balança comercial. Este desequilíbrio reflecte-se na balança de pagamentos.

8. O agravamento do saldo da balança do comércio do ultramar traz perturbações de diversa natureza, reflectidas quase todas nas dificuldades de transferências, que, este ano, se tomaram muito difíceis em Moçambique

Não admira que essas perturbações causem transtornos. Deve, porém, dizer-se que as facilidades de importação, tão do agrado das populações locais, estão no fundo desta delicada questão.

O déficit foi aumentado como se lá a seguir:

[... ver tabela na imagem]

Designação Milhares de contos

Deficit de 5 149 800 contos num ano é muito. Ele proveio do facto de ter havido aumento nas importações, de 3 529 600 contos, sem haver contrapartida nas exportações, que, alias, aumentaram 3 340 400 contos. As cifras dão ideia de que se esperam aumentos nas exportações, para logo acelerar a entrada de mais mercadorias - que o aumento de importações está na razão directa do das exportações. E logo absorve estas.

É por isso que não é fácil governar. A vigilância é uma necessidade imprescindível. Actuar no momento oportuno está na essência de bom governo.

Este problema torna-se atada mais delicado quando se consideram todos os territórios nacionais, incluindo a metrópole.

No quadro a seguir oferecem-se as cifras soais relevantes:

[... ver tabela na imagem]

Milhares do contos

Toa-as os províncias e a metrópole têm saldos negativos nas suas balanças do comércio, excepto Angola, que em 1970 apresentou o saldo positivo de l 563 400 contos.

S. Tomé e Príncipe ara companheira, neste aspecto, de Angola, com saldos positivos. Mas 1970 destoa da longa série, com o desequilíbrio negativo de 23 100 contos.

Não se dá importância por aí além às condições de Macau, dado o seu condicionamento de porto franco.

Comércio com a metrópole As trocos de mercadorias entre a metrópole e provindas ultramarinas, e entoe elas, têm progredido não tanto como seria de desejar. A metrópole pode comprar mais produtos ultramarinos, como o amendoim e outras oleaginosas, tabaco, fibras diversas e, em especial, algodão e outras.