Cerca de 85,4 por cento das exportações referem-se a quatro secções, predominando a dos produtos alimentares (31,9 por cento).

De entre as exportações, o peixe ocupa o primeiro lugar, devido, em especial, às conservas. As bananas, que podiam ocupar melhor posição, reduzem-se a cerca de 10 000 contos. A seguir indicam-se as exportações dos principais produtos:

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Contos

A seca nos últimos anos é certamente responsável pela frouxidão na salda de alguns produtos.

Está provado não haver remédio eficaz e definitivo para a seca, pelo menos com os meios ao dispor do homem na actualidade.

Deve por isso fazer-se uma tentativa séria orientada para a exploração de recursos naturais não influenciáveis pelas contingências meteóricas - como o peixe, o turismo, as pozolanas e outras iniciativas de natureza industrial.

A exportação, que se limitou a 47 731 contos em 1970, repartiu-se por diversas zonas geográficas. Prepondera a metrópole, com 33 049 contos, como se verifica a seguir:

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Contos

O estrangeiro compra pouco. Vende muito mais do que compra.

Neste aspecto, o porto de S. Vicente ainda não preenche a função de elemento catalizador que lhe incumbe.

Balança de pagamentos A emigração desempenha papel fundamental no equilíbrio da conta da balança de pagamentos. Nas entradas de cambiais, num total de 145 734 contos, as transferências privadas participam com 90 772 contos, móis de 62 por cento.

Em resumo, a balança de pagamentos pode exprimir-se da forma que segue.

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Contos

As incertezas da balança de pagamentos deduzem-se das cifras. Mas o saldo de 1970 é suportável. Não houve entradas do Estado, como indicam os números que seguem:

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Contos

Rubricas Entrada Saída Diferenças

Para mais Para menos

Já se nota, assim, a importância da emigração. Em 1970 há ainda a influência da conta "Outros serviços", com um saldo da ordem de 17 500 contos. Esta verba está relacionada com o movimento dos portos e tende a aumentar. Apesar das dificuldades e da situação difícil em matéria de comércio externo, as receitas ordinárias aumentam todos os anos, elevando-se para 195 786 contos em 1970. Esta cifra exprime um aumento da ordem dos 26 620 contos em relação ao ano anterior. Fará uma economia débil, este aumento, a seguir a outros, á digno de ser registado.

Nas receitas extraordinárias, formadas em sua quase totalidade por subsídios metropolitanos, deu-se uma diminuição de cerca de 11 060 contos. O seu total foi de 122 743 contos.

A seguir indicam-se as receitas totais:

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Contos

Nas receitas ordinárias há a influência dos serviços autónomos. Adiante se discriminará a origem destas receitas, que somaram 42 875 contos.