Todo o problema está nas relações com instituições de crédito, que é o mesmo que dizer no pagamento das importações. Nas saídas há mais de 7 milhões de contos para esse efeito.

O comércio de exportação contribui com. menos de 2 milhões de contos. É possível agora, com os elementos conhecidos, determinar os saldos:

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Designação Contos

O quadro mostra que não é brilhante B situação, e já o não era, como se verificou em pareceres anteriores.

Finalmente, publica-se a seguir um quadro que mostra cus diferenças entre os entradas e saídas:

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Designação Contos

Entradas Saídas Saldos

Perante os números talvez se possa dizer que já mão é possível agora dar remédio imediato a uma situação que se arrastou escusadamente.

Em países novos, como, aliás, nos mais experimentados, tem de haver vigilância constante deste problema fundamental que é o dos pagamentos. No caso português, tende a acentuar-se cada vez mais. Os grandes deficits nos pagamentos são, em geral, resultantes de consumos supérfluos, mas não na sua totalidade, porque há muitas saídas para pagamento de bens de equipamento. Mas a experiência mostra serem as facilidades mós pagamentos propícias à inflação e ao aumento de consumos, a mão ser que haja outras razões de confiança, o que não é o caso de Moçambique. A seguir publica-se um quadro que mostra o movimento da balança de pagamentos.

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Artigos Débito Crédito Saldo

As mercadorias, com o saldo negativo de 3 960 000 contos, números redondos, constitui a mancha negra dos pagamentos.

Diversas posições procuram desanuviar a atmosfera ensombrada pelo saldo negativo. Em vão, porém.

Os transportes, com quase 2 milhões de contos, e os saldos do Estado não conseguem anular tão grande déficit.

Os excessos de importações e a pequenez das exportações são os dois grandes factores que necessitam de ser neutralizados.