Eleutério Gomes de Aguiar.

Fernando David Laima.

Fernando Dias de Carvalho Conceição.

Fernando do Nascimento de Malafaia Novais.

Filipe José Freire Themudo Barata.

Francisco António da Silva.

Francisco Esteves Gaspar de Carvalho.

Francisco Joio Caetano de Sousa Brás Gomes.

Francisco Manuel de Meneses Falcão.

Francisco de Nápoles Ferraz de Almeida e Sousa.

Gabriel da Costa Gonçalves.

Henrique dos Santos Tenreiro.

João Bosco Soares Mota Amaral.

João Duarte de Oliveira.

João José Ferreira Forte.

João Lopes da Cruz.

João Manuel Alves.

João Nuno Pimenta Serras e Silva Pereira.

Joaquim Carvalho Macedo Correia.

Joaquim Jorge Magalhães Saraiva da Mota.

Joaquim José Nunes de Oliveira.

Joaquim de Pinho Brandão.

José Coelho de Almeida Cotia.

José João Gonçalves de Proença.

José Maria de Castro Salazar.

José Vicente Cordeiro Malato Beliz.

Júlio Dias das Neves.

Lopo de Carvalho Cancella de Abreu

D. Luzia Neves Perndo Pereira Beija.

Manuel Elias Trigo Pereira.

Manuel Homem Albuquerque Ferreira.

Manuel de Jesus Silva Mendes.

Manuel Joaquim Montanha Pinto.

Manuel Marques da Silva Soares.

Manuel Martins da Cruz.

Manuel Monteiro Bibeiro Veloso.

Maximiliano Isidoro Pio Fernandes.

Olímpio da Conceição Pereira.

Pedro Baessa.

Rafael Ávila de Azevedo.

Ramiro Ferreira Marques de Queirós.

Raul da Silva e Cunha Araújo.

Ricardo Horta Júnior.

Rogério Noel Feres Claro.

Rui Pontífice Sousa.

Teodoro de Sousa Pedro.

Teófilo Lopes Frazão.

Victor Manuel Pires de Aguiar e Silva.

O Sr. Presidente:- Estuo presentes 74 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 15 horas e 55 minutos.

O Sr. Presidente: - Não foi distribuído nenhum Diário das Sessões que deva ser submetido à reclamação de VV. Ex.ªs. Tão-pouco tenho expediente para apresentar consideração da Assembleia.

Tem a palavra o Sr. Deputado Trigo Pereira.

O Sr. Trigo Pereira: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Um pouco, por toda a parte, temos ouvido os empresários agrícolas queixarem-se da política de contenção dos preços dos seus produtos, até porque se sentem como "enteados" no conjunto das actividades produtivas, mormente quando, olhando à sua, volta, copejam a dureza e rendimento do seu trabalho, o valor do capital fundiário necessário à sua actividade, os riscos que correm em todos os seus investimentos, e o lucro auferido, com situações que têm por paralelas noutros sectores, e, nisto, havemos de reconhecer que têm razão.

Mas, sentem-se ainda de certo modo desfavorecidos quanto a apoio financeiro e seguramente descapitalizados para colaborarem efectivamente na dinamização do sector; da conversão das estruturas; no ordenamento do território; na reconversão das culturas com a rapidez que todos ambicionamos, e no integral aproveitamento das obras de rega, como é imperioso, enfim, julgam-se também importantes para impedir que dia a dia se dilate o fosso que separa a capacidade económica da agricultura da do sector dito industrial.

É certo que por mais de uma vez estes temas têm sido abordados nesta Casa vistos de diversos ângulos e focados em múltiplas facetas, o que tem conduzido em inevitáveis críticos e reparos, que fundamentalmente mais não traduzem do que o desejo incontido de todos, e mormente daqueles Deputados mais Intimamente ligados a terra,, de colaborarem na procura dos caminhos que conduzam e rapidamente a população activa na agricultura à almejada situação de paridade no nível de vida à de outros sectores.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Por certo que o caminho mais seguro para se atingir esta meta se terá de encontrar através da valorização e promoção do homem, quer ele seja empresário, quer seja trabalhador agrícola.

Este conceito pressupõe, portanto, um continuado esforço de educação, de formação e de habilitação profissional, que no nosso caso bem poderemos designar por formação profissional agrícola extra-escolar.

Só a partir de uma sólida educação e formação profissional a todos os níveis o homem do campo poderá dialogar e participar activamente na construção da agricultura do futuro.

E por assim ser, não fujo à tentação de citar a este respeito algumas palavras do engenheiro Vasco Leónidas, quando disse:

Não ignoramos que os problema relativos à educação de base têm de ser equacionados nas suas relações com o desenvolvimento global, sectorial e regional. Tal conhecimento, hoje enunciado de forma dará por todos os estudiosos do desenvolvimento, não resulta apenas de uma conclusão teórica, mas da experiência bem dura registada em tantas regiões do Mundo e também no nosso país. Na verdade, depois de criadas as infra-estruturas fundamentais para garantir a viabilidade de uma economia e os fundamentos de uma expansão do bem-estar, os investimentos intelectuais passam a constituir a base do crescimento económico, não podendo ser esquecidos nem substituídos por nenhuma espécie de investimento material. O desenvolvimento é bem um processo de mobilização de energias humanas, sobretudo nos aspectos intelectuais e técnicos, quando se ultrapassa o limiar da disponibilidade dos recursos físicos e biológicos.

No - caso de regiões situadas na fase de desenvolvimento em que nos encontramos, os investimentos